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Enviada em: 16/08/2017

Muito se debate, na contemporaneidade, a respeito da saúde pública e da expectativa de vida do povo brasileiro, sendo a gestão de resíduos um assunto diretamente ligado. É notório que o Brasil é referência mundial quanto à reciclagem de alumínio. Em 2014, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o país reciclou cerca de 98% do material utilizado. No entanto, seja pelo consumo exacerbado, seja devido à infraestrutura inadequada, o lixo tem sido um problema para o Brasil. Deve-se compreender, inicialmente, que vivemos em uma era marcada pelo consumismo, e o sistema de produção atual contribui para tal vício. O Toyotismo, com sua variedade de produtos e devido ao seu ciclo de obsolescência programada, que torna o produto inutilizável em um determinado tempo, mudou a forma de consumo da população, como é o caso das grandes marcas de celulares que laçam novos aparelhos todos os anos. Dessa forma, com a maior circulação de produtos no mercado, houve um aumento dos resíduos sólidos. Além disso, o destino da grande maioria do lixo no Brasil é inadequado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), apenas 30% dos resíduos sólidos são destinados a aterros sanitários, que são considerados uma das melhores formas de deposição do lixo. Em virtude disso, a falta de infraestrutura residual no país contribui para os problemas de saúde pública, uma vez que em lixões, onde é destinado 50% do lixo, pode ocorrer a proliferação de vetores de doenças (mosquitos, ratos, etc.), além de contribuir para a poluição do ar, do solo e das águas. Logo, a fim de atenuar os problemas com a saúde além de melhorar a gestão residual no país, é necessário que o Governo, por meio de benefícios fiscais, incentive as empresas a coletarem produtos usados ou estragados, dando, aos cliente, descontos em novos produtos e aproveitando peças dos recolhidos. Ademais, cabe aos Ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento, mapear os locais que já possuem aterros sanitários e identificar as áreas com maior necessidade do mesmo, iniciando, assim, a construção de novos.