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Enviada em: 25/08/2017

Em momento anterior à Revolução Industrial, o lixo era basicamente orgânico e boa parte da população o enterrava no quintal de casa. Todavia, com o aumento dos processos industriais e consequente explosão demográfica, bem como a ascensão do capitalismo, a dinâmica da produção e descarte de resíduos sofreram mudanças determinantes para o complexo problema do lixo enfrentado atualmente no Brasil.    De acordo com a terceira Lei da Dinâmica de Isaac Newton, toda ação gera uma reação de mesma intensidade. De maneira análoga, é possível perceber que as atitudes de consumo desenfreado da sociedade pós-moderna trazem consequências irreversíveis para o meio ambiente, ameaçando a biodiversidade e a própria existência humana, como resposta a ação antrópica. Por conseguinte, todos os anos são noticiadas enchentes em diversas cidades brasileiras, e segundo o Ministério do Meio Ambiente, o descarte irresponsável de resíduos é uma das principais causas.    Uma das medidas paliativas para o problema de gestão e gerenciamento de resíduos são os aterros sanitários, indicados para substituir os depósitos de lixo a céu aberto, os "lixões". No entanto, mesmo após normas e diretrizes já terem sido criadas para os municípios brasileiros, nem metade das cidades possuem um aterro sanitário adequado, muito menos coleta seletiva. Como desdobramento desse cenário, os resíduos depositados em locais impróprios atraem vetores que proliferam doenças, como a dengue. Outro transtorno é a contaminação dos recursos hídricos por metais pesados, acometendo espécies aquáticas. Porém, embora caótica, essa situação pode ser atenuada.    Convém, portanto, primordialmente, que a tríade Estado, Escola e Mídia promovam a disseminação da importância da redução, reutilização e reciclagem, através dos meios de comunicação, disciplina escolar e oficinas de artes para reciclagem do lixo. Outrossim, para que a reciclagem aconteça, a coleta seletiva do lixo deve ser implantada de forma eficiente nos municípios brasileiros. Sob essa conjectura, a problemática ultrapassa a capacidade de ações governamentais, sendo necessário o comprometimento de toda a sociedade civil para atenuar as consequências e garantir a sustentabilidade dos ecossistemas na terra.