Materiais:
Enviada em: 25/08/2017

Durante a idade média, a falta de saneamento básico assim como a existência de lixo a céu aberto culminou no surgimento de epidemias que dizimaram milhares de cidadãos. No entanto, na era pós - moderna, a problemática da gestão do lixo adquire novos contornos em razão da falta de sensibilidade do ator social em obter produtos duráveis - a exemplo dos itens eletrônicos - e de difícil decomposição.   Em primeiro exposto, o consumo desmedido dos cidadãos configura-se como um dos fatores que dificultam a gestão do lixo na contemporaneidade. Nessa linha, segundo o sociólogo Émile Durkheim, todo e qualquer indivíduo que não corresponde aos padrões estabelecidos em uma comunidade tende a ser excluído pelos seus componentes. Sob esse ângulo, o intenso bombardeio de propagandas virtuais e anúncios televisivos favorece a construção de uma mentalidade que considera como meio necessário para o processo de adequação social o consumo desenfreado e inconsciente de objetos descartáveis.    Ademais, em seu livro,"Raízes do Brasil ", Sérgio Buarque de Holanda afirma que, historicamente, o brasileiro tende a colocar seus anseios econômicos em sobreposição aos interesses coletivos. Nesse âmbito, o significativo aumento dos lixões a céu aberto bem como a crescente poluição de rios e lagos por dejetos domésticos demonstra a falta de empenho do setor governamental em promover medidas eficazes contra o acúmulo de lixo no cenário urbano.  Destarte, é necessário que a escola - por meio das secretarias - promovam visitas regulares a lixões no intuito de mostrar a realidade dos moradores aos alunos além de fomentar a reflexão instrutiva a respeito do sentido social do lixo. Os sindicatos necessitam ofertar palestras comunitárias e periódicas sobre a gestão do lixo, com a participação de biólogos e ambientalistas. Por fim, o estado - por intermédio dos municípios -  deve provocar a gradual substituição dos lixões mediante a incorporação de meios alternativos para o descarte como os aterros sanitários.