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Enviada em: 27/08/2017

Com a Revolução Industrial no século XIX, o êxodo rural aumentou, assim como a produção de resíduos. O desenvolvimento socioeconômico brasileiro não foi acompanhado pela inserção de empreendimentos a fim de tratar e destinar de forma correta o lixo produzido diariamente. Com isso, o acúmulo de entulhos orgânicos e inorgânicos ocasionam em epidemias e na contaminação dos lençóis freáticos devido ao chorume liberado pela decomposição dos materiais.        O capitalismo teve como consequência o consumismo exagerado, fazendo com que a população produza mais lixo do que o necessário. Este aglomerado é depositado incorretamente nas ruas das regiões mais periféricas das cidades. Por conta da desigualdade social, os menos afortunados vivem no meio de lixões a céu aberto e sem tratamento de esgoto, o que atrai ratos, baratas e insetos que são vetores de doenças como a Dengue, Leptospirose e Leishmaniose.       Outrossim, os lixões situados de forma indevida afetam os reservatórios subterrâneos de água doce, que por serem próximos ao solo são suscetíveis à poluição. O chorume, caldo escuro liberado no processo de decomposição dos materiais depositados no lixão, é extremamente poluente por conter metais pesados prejudiciais para o ser humano e para o meio ambiente, como o mercúrio e o chumbo. Este líquido penetra o solo e alcança os lençóis freáticos, poluindo os rios que abastecem a população.      Deste modo, para controlar os impactos causados pela má gestão do lixo, cabe ao cidadão diminuir o consumo de materiais impactantes, participar de movimentos que tenham o propósito de atenuar a poluição nas cidades, bem como separar os resíduos retornáveis dos não-retornáveis para facilitar o processo de reciclagem. Também é papel do governo municipal investir na despoluição para moderar a emissão do chorume, aplicar programas mais eficazes de aproveitamento dos materiais inorgânicos e promover a importância de descartar corretamente os resíduos domésticos, educando a população a não poluir, pois consoante ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo".