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Enviada em: 19/10/2017

Partindo do seu processo histórico, desde o Fordismo, as reflexões sobre a gestão dos resíduos fazem-se emblemáticas. Enquanto, nesse período, havia uma produção em massa, não acompanhada pelo consumo, o que acarretou em uma crise econômica e alto desperdício, na contemporaneidade, o Taylorismo contribuiu para minimizar os estoques e aumentar o consumo. No entanto, apesar de diminuir a produção e promover maior compra de mercadorias, ainda há alta produção de lixo. Dessa forma, é imperativo entender as causas e as consequências da má administração dos detritos.     Em primeira instância, é preciso analisar a relação do consumismo com o aumento da produção de resíduos. De acordo com o site Guia Sustentável, as empresas estão criando itens com obsolescência programada, em que os produtos são lançados no mercado com validade pré-estabelecida. Esse fator atua de forma a aumentar o lucro da indústria e, consequentemente, o consumo e o descarte do equipamento “velho”. Além disso, Steve Jobs, um dos fundadores da marca Apple, relatou que o indivíduo não sabe o que deseja até que ele mostre, proporcionando a máxima compra e venda de seus produtos. Nessa perspectiva, é natural afirmar que a obsolescência e a compra sem real necessidade promovem o aumento na promoção do lixo.     Diante dessa acepção, chega-se a uma representativa questão: o destino dos resíduos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sessenta e três por cento do lixo produzido, no Brasil, é despejado em locais inapropriados, como, vazadouros ao céu aberto e sem tratamento, conhecidos como lixões. Ademais, segundo o Greenpeace, a maioria dos resíduos eletrônicos produzidos, na contemporaneidade, não tem um destino adequado e pouco se fala sobre a sua reciclagem. Os aparelhos antigos poluem solos e lençóis freáticos por apresentarem metais pesados que, além disso, são bioacumuladores. Nesse contexto, a produção de lixo associada à má administração no que concerne o despejo provoca efeitos deletérios à natureza.     Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para minimizar essa problemática. Diante disso, cabe à mídia divulgar em propagandas e programas meios de reciclar equipamentos antigos para utilização posterior de modo a diminuir o lixo eletrônico e em matérias jornalísticas os efeitos nocivos do consumo exagerado à natureza para gerar conscientização. Tal medida seria efetiva com a ação das Organização Não Governamentais que, a partir de palestras e distribuição de cartilhas, ampliaria o conhecimento sobre reciclagem. Ademais, o Poder Executivo deverá promover obras para a construção de aterros sanitários, que é o método responsável pela drenagem do chorume e impermeabilização do solo, o que minimiza os efeitos adversos, realizando, assim, uma melhor gestão dos resíduos.