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Enviada em: 08/10/2017

Desde a revolução industrial, ocorrida em meados do século passado no governo Vargas, o Brasil vem sofrendo grande transformação no seu setor de produção. Antes a produção que era apenas agraria-exportadora gerando somente residuos orgânicos, tornou-se industrial, aumentando a população nas áreas urbanas, assim como a produção de lixo inorgânico. De acordo com o sociólogo Bauman, a produção excessiva de lixo é uma característica natural da sociedade de consumo estabelecida com a consolidação  da globalização. Em outras palavras, a produção desenfreada é fruto da globalização e o consumismo tornou-se fator primordial na produção de lixo. Isso deve-se ao fato de os bens de consumos serem compostos de material inorgânico e de difícil decomposição, necessitando dessa forma de uma gestão de resíduos.  Segundo o Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), ainda existem no Brasil cerca de 2.906 lixões, distribuídos em 2.810 municípios. Ainda sim, vale ressaltar que a geração de resíduos juntamente com a falta de tratamento e deposição do lixo em lixões a céu aberto gera contaminação do solo e dos lençóis freáticos por chorume, além da contaminação do ar e de maior incidência de doenças.  Desta forma, torna-se imperativo uma maior difusão e aplicação da política nacional de resíduos sólidos em âmbito nacional, afim de assegurar a implantação de aterros sanitários,  centros de coleta seletiva, reciclagem e compostagem. Ainda sim, pode-se incentivar as empresas de energia elétrica a utilizar o biogás que é retirado do lixo por meio da combustão para geração de energia. Ademais, cabe a mídia, a imprensa e as escolas atuarem como um agente que oriente um consumo moderado e sustentável através de debates acerca das consequências causadas pela geração exacerbada de lixo. Desta forma, pode-se reduzir a produção de lixo anual no País e criar-se uma melhor e eficaz gestão de resíduos.