O problema da má gestão de resíduos é histórico, exemplo disso é que até mesmo o famoso sistema de esgoto da Roma Antiga desaguava grande parte do lixo da cidade diretamente no Rio Tibre. Hodiernamente, é conhecida a extensão dos problemas causados por essa prática e questões que visam ao desenvolvimento sustentável são pautada em reuniões internacionais. Entretanto, no Brasil ainda é nítida a despreocupação sobre a problemática, tanto dos políticos quanto das empresas. No Brasil, o Plano Diretor Urbano (PDU) é obrigatório para municípios com mais de vinte mil habitantes e estipula um plano de desenvolvimento urbano, respeitando as leis ambientais. No entanto, a maioria do lixo sólido do país ainda é destinado a aterros sanitários ou lixões a céu aberto. Além disso, mais da metade das cidades brasileiras não possuem projetos de coleta seletiva, evidenciando assim, a necessidade de um maior enfoque no desenvolvimento sustentável. Outro aspecto a ser abordado é a falta de investimentos das empresas em logística reversa, consequência da falta de leis que incentivem o reaproveitamento dos resíduos produzidos. A exemplo disso, grande parte do alumínio produzido no Brasil é reciclado, enquanto outros materiais tem baixos índices. Isso se justifica pelo alto valor do metal e evidencia que os projetos de reciclagem no Brasil não são efetivos por falta de incentivo. Dado o exposto, é notória a existência de um problema de insustentabilidade na sociedade brasileira e, portanto, medidas devem ser tomadas. O Poder Executivo municipal deve atualizar e colocar em prática o PDU, baseando-se nos acordos internacionais em prol do meio-ambiente e visando ao desenvolvimento sustentável. Ademais, a Receita Federal deve estimular a participação das empresas no processo de reciclagem por meio de incentivos fiscais, alcançando assim, o equilíbrio entre preservação e progresso.