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Enviada em: 06/08/2018

‘’É notório que aos governantes da República do Brasil faltam duas qualidades essenciais ao governo: Majestade e Dignidade’’. A frase do literário Lima Barreto é apenas uns dos exemplos de como grandes escritores dialogavam com o Brasil ao longo da sua história, explicitamente pela política de privilégios e corrupções ilícitas no país, evidenciando uma má gestão pública no Brasil. Tal cenário ocorre devido não só à negligência e omissão ao compromisso dos políticos, mas, também, aos resquícios que sustentam essa base governamental.     Numa primeira instância, são perceptíveis uma valorização na oratória aos falsos discursos políticos e débil poder crítico social. Nesse contexto, diante uma dificultosa gestão pública hodierna, estadistas engajam-se em promessas e mudanças radicais com o sistema vigente, enaltecendo futuros mandatos que, por maioria das vezes, não representam compromissos sociais levantados, configurando um descaso na logística pública. Em virtude disso, entretanto, uma parcela significativa da população, sem poder crítico de engajamento e base educacional política, apoiam gestores falaciosos que aproveitam dessa oportunidade para lubridiar votos. Desse modo, uma má educação e desleixo no compromisso social ratificam esse carcomido sistema político social na nação.     Ademais, é necessário ressaltar as bases que sustentam essa gestão política. Segundo Sérgio Buarque, historiador brasileiro, as mudanças políticas no Brasil ocorreram conservando elementos patrimonialistas e paternalista que dificultaram a consolidação da democracia. Nesse âmbito, mediante resquícios e compacta aliança no poder, uma configuração democrática por demandas sociais ficam à mercê da vontade de falsos representantes, no qual recursos de bens públicos são desviados aos bens privados, ressaltando a intrínseca cordialidade do povo brasileiro de se sobrepor o privado ao público, sustentado por Sérgio Buarque como elemento da formação do povo Brasileiro.    Dessarte, infere-se uma debilidade na gestão pública e representação palpável dos governos, consoante um déficit educacional no engajamento civil. É mister, portanto, que o Governo Federal e CPIs, investigarem recursos e desvios de verbas ilícitas para fins não públicos, colocando em exposição mandatários e representantes de quadrilhas no poder, concordante com o poder Judiciário que aplique pernas severas aos infratores, punindo-os e cassando seus mandatos, objetivando atenuar políticos desonestos e práticas não públicas ao bem social. E, por fim, instituições escolares e ONGs sociais devem suscitar o senso crítico logo cedo aos alunos, com aulas específicas e palestras com professores sobre a construção histórica política do país, de forma lúdica concisa, a fim de que se tornem conscientes e gestores de futuros representantes no país.