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Enviada em: 05/08/2018

Em relação à gestão pública do Brasil, pode-se perceber que desde a época da colonização existem problemas referentes à moralidade, o que acabou gerando impasses no âmbito social. Nesse aspecto, dois pontos não devem ser negligenciados: a corrupção persistente na administração pública e os seus reflexos na sociedade.    A priori, é notório que nosso país já nasceu sob o império de uma conduta criminosa, visto que tanto os colonizadores quanto os nobres ministros, privilegiavam parentes em negociações, lesando os cofres públicos. E nos dias atuais não é diferente. Sob essa ótica, não é novo o fato de quantias absurdas de dinheiro coletivo que são desperdiçadas e até desviadas, cotidianamente, nos três níveis administrativos, tais como a simulação de dados ou documentos para ‘’tornar legal’’ despesas não realizadas. Uma prova disso pode ser verificada em um estudo realizado pelo Decomtec (Departamento de Competividade e Tecnologia), o qual revelou os prejuízos econômicos e sociais que a corrupção causa ao país, visto que o valor chega a, aproximadamente, sessenta e nove bilhões de reais por ano.        Outro aspecto a ser considerado é que, vários setores da sociedade sofrem com a falta daquele recurso mal utilizado, uma vez que a Fiesp afirma que, nos hospitais públicos do SUS, por exemplo, a quantidade de leitos poderiam crescer, cerca de 89% se não fosse pela junção do recurso público desviado anualmente. Isso prova que a dupla Ordem e Progresso tanto ‘’gritada’’ na bandeira nacional devem andar lado a lado, pois sem a moralidade da hierarquia para administrar a riqueza pública, fica difícil pensar em uma progressividade.   Para que se reverta esse cenário de calamidade na gestão pública, portanto, é necessário traçar um caminho. Primeiramente, é necessário que a lei anticorrupção, de 2013, saia do papel. Por isso, é imprescindível que a Transparência Internacional em parceria com o Departamento de Justiça, forneçam às empresas que mantem parcerias com os órgãos públicos, profissionais da área, para que possam ter o Programa de Compliance ativo, visando auxiliar na ética e no combate da deturpação, principalmente, dos altos cargos, uma vez que as maiores transações acontecem nesse setor.