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Enviada em: 31/07/2018

No Brasil vigora a democracia indireta em que as decisões políticas não são tomadas pelo povo, mas por representantes eleitos por ele. Entretanto, ainda que nessa forma de governo as medidas tomadas devam refletir os desejos dos cidadãos, na prática não ocorrem. Nesse sentindo, torna-se necessário considerar os motivos dos problemas na gestão pública do país: a corrupção, a irresponsabilidade da população durante as eleições e na falta fiscalização das políticas públicas por parte desses.         Embora seja disseminado pelo senso comum que é preciso de uma gestão melhor, a falta de atitude é um agente limitante. Segundo Platão "A punição que os bons sofrem, quando se recusam a agir, é viver sob o governo dos maus", desse modo, é imprescindível que haja o pleno exercício da cidadania frente as coisas públicas para que assim o atual cenário brasileiro comece a mudar. No entanto, seja pela ausência de educação política nas escolas, seja pelo pensamento de que sua participação não fara diferença frente a essa questão, a sociedade permanece estagnada. Nesse sentido, fica clara a necessidade de rever o currículo mínimo cobrado as escolas e meios para conscientizar a população no seu dever de fiscalização e cobrança.           Uma vez que a omissão destes aliados ao não comprometimento durante as eleições a corrupção passa a ser normal no país. Segundo o Instituto Latinobarómetro, 97% dos brasileiros acham que grupos poderosos governam para o próprio bem. Prova de que essa afirmação se materializou foi o início das investigações, em 2014, sobre a Operação Lava-Jato envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e políticos. Contudo, mesmo que a população saiba de casos como esse, ao chegar as eleições não tomam o cuidado devido para escolher seus representantes. Atitudes como desligar a televisão durante o horário eleitoral, votar no político que o beneficia, não pesquisar sobre os objetivos e ideias da pessoa em que se quer votar não são incomuns.        Dessa forma, fica clara a necessidade da população como um todo lutar por um país melhor começando pelo voto consciente. Fica evidente, portanto, que aquilo que é mostrado como "ideal" pela definição de democracia indireta está muito longe da realidade brasileira. Nesse contexto, torna-se necessário que a Mídia e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações se unam e tomem medidas. A fim de efetivar uma maior participação dos cidadãos, tornando-os agentes atuantes na sociedade, o MCTIC deve criar campanhas de conscientização política para a população, através da cooperação de especialistas em gestão pública, e junto a mídia divulgar aos diversos meios de comunicação. Só assim o povo brasileiro deixará de ser plateia e passará a ser cidadão.