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Enviada em: 03/08/2018

O conto machadiano “A Sereníssima República”, narra de forma irônica que a politica se faz em função da corrupção. Analogamente, no Brasil, isso está enraizado e eufemizado pela expressão jeitinho brasileiro. Assim, comportamentos como esses influenciam todos os aspectos da nação, iniciados na gestão pública do país e refletindo diretamente na anomia social por grande parte dos cidadãos.      Ao longo da formação política brasileira, a gestão pública sempre esteve associada a corrupção. Notoriamente, o mau uso da máquina pública tem ligação com uma mentalidade atrasada: acordos políticos e conchavos que alteram o propósito legitimo da administração dos recursos do povo. Nesse sentido, casos de desvios dinheiro e fraudes é rotineiro no país. Outrossim, a Operação Ave de Rapina que marcou o ano de 2014 no estado de SC, 26 pessoas foram indiciadas por fraudes em contratos e por facilitar licitações, a maioria dos indiciados eram servidores públicos.    Outro fator determinante, é o reflexo da subversão do objetivo da administração pública na sociedade. Nesse contexto, o jeitinho brasileiro é considerado parte do cotidiano dos cidadãos, sendo uma conduta amplamente aceitável no país. Ademais, conforme aponta pesquisa feita pelo IBGE, cerca de 39,2% dos eleitores não votaram nas últimas eleições, com isso a má gestão pública ganha força pela falta de interesse e senso crítico político do povo.       Dessa forma, a gestão pública brasileira deve aplicar seus pilares com eficiência e incorruptibilidade. Portanto, o Poder Legislativo deve reformular a Lei Anticorrupção criada em 2013, para que os políticos e servidores que praticam desvios e fraudes sejam devidamente punidos. Outrossim, Estado não só crie órgãos fiscalizadores, mas também forneça uma plataforma virtual pública com todos os gastos da gestão, desse modo a população estaria ciente da alocação dos recursos. Além disso, o Ministério de Educação insira no currículo escolar aulas sobre politica com professores preparados para desabrochar o senso crítico político dos futuros eleitores.