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Enviada em: 04/08/2018

Segundo Thomas Hobbes, teórico contratualista, os homens abdicam da liberdade individual para permitir o surgimento do Estado e seus gestores, que deve proteger os cidadãos, contudo, a obrigação do Estado não está sendo devidamente cumprida. Nesse sentido, no Brasil, levanta-se questionamentos acerca da eficácia da gestão pública para a proteção da integridade social dos indivíduos. Contudo, tal situação é sustentada, dentre outros fatores, pela corrupção e pela negligência do cidadão.        Em primeira análise, sabe-se que a corrupção permeia a administração pública brasileira, e é um empecilho para o pleno pregresso do país. Nessa Perspectiva, segundo o filósofo Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Logo, é possível perceber que, no Brasil, apesar da constituição apresentar suas medidas, é notório que esse se encontra em um cenário deturpado. Dessa forma, escândalos de corrupção, como o exposto pela operação da Polícia Federal, "Ave Rapina", em Santa Catarina no ano de 2014, demonstram que a gestão brasileira não está isenta de ilegalidades. Consequentemente, essa situação é um atentado à dignidade da população, que são lesados e não obtêm aquilo que esperam do Estado, que é total integridade, honestidade e responsabilidade.           Além disso, nota-se, ainda, que esses transtornos são decorrentes também, devido a ineficiência da maioria dos eleitores na hora da votação. Isso porque, no cenário hodierno brasileiro ainda há muitos casos de votos comprados, semelhante ao que acontecia durante a República Velha, quando havia a perpetuação do voto de cabresto  em troca de favores. Nesse sentido, uma pesquisa  sobre as eleições de 2014, encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que pelo menos 28% dos entrevistados conhecem ou testemunharam casos de compra e venda de votos. Dessa forma, os cidadãos acabam votando pelo interesse e não pelas propostas apresentadas pelo determinado político, sendo assim, o primeiro a ferir a democracia e colaborar  para a deterioração do país.        Torna-se evidente, portanto, a iminência  em cessar  essa problemática. Em razão disso, o Poder Executivo Federal deve, por meio de decreto, destinar investimentos ao Ministério Público e aos Tribunais para intensificar as fiscalizações nas administrações públicas, a fim de minimizar os transtornos de corrupção e garantir uma maior responsabilidade governamental, contribuindo assim, para o funcionamento da democracia. Ademais, a mídia  em parceria com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, deve desenvolver políticas públicas que visem conscientizar a população  para com o real sentido das eleições no país, afim de garantir uma participação sincera e maior integridade da sociedade. Buscando promover, dessa forma, uma gestão pública mais digna no Brasil.