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Enviada em: 05/08/2018

Na República Velha (1889-1930) a prática do coronelismo atrelada ao voto de cabresto desenhou um cenário de corrupção que afetou a política democrática do país. Entretanto, atualmente, no Brasil, percebe-se uma expansão dos problemas oriundos dessa má gestão histórica e muitas críticas dos brasileiros devido ao descumprimento da constituição. Nesse contexto, cabe analisar o papel da população como fonte fiscalizadora e a falta de planejamento do Governo quanto ao destino dos investimentos.        Em primeiro lugar, um dos fatores que contribui para o bom funcionamento de um país é a participação da população no acompanhamento da gestão pública. Isso decorre da criação da Lei da Responsabilidade fiscal, na qual os recursos destinados a cada setor da sociedade sejam informados para o cidadão de forma clara e objetiva. A população, por exemplo, possui a internet como sua grande aliada, já que muitos municípios brasileiros disponibilizam a consulta desses orçamentos no Portal da Transparência e, com isso, as pessoas podem contribuir com a fiscalização do dinheiro público. Como consequência disso, os governantes criam uma base de apoio para que as políticas públicas tragam benefícios aos habitantes.       Por outro lado, a falta de planejamento e de ética nos investimentos é o principal entrave para a manutenção da democracia. Como comprovação disso, é possível destacar os inúmeros empréstimos que o governo de Juscelino Kubitchek solicitou para a construção de Brasília e, que, no entanto, gerou uma dívida externa altíssima para o país e resultou em aumento de impostos. Ademais, outros exemplos relacionados a gestão pública do Brasil deixam evidente a persistência do problema, como o desvio de dinheiro do caso Jorgina de Freitas em 1991,  operação "Anões do Orçamento" na década de 80 e a Operação Lava Jato nos dias atuais. Consequentemente, devido ao desvio de dinheiro público que poderiam ser revertidos em projetos para a sociedade, o país mergulha em uma crise política e aumenta ainda mais a insatisfação dos cidadãos.        Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas para combater essa problemática. A primeira delas deve partir da população e a reivindicação do repasse de orçamentos por parte do Estado, o qual deverá realizar assembleias governamentais em todas as mesorregiões do Brasil a fim de evitar a corrupção. Já a segunda, é papel do Governo fazer prestações de contas aos cidadãos por meio de um indicador socioeconômico com a finalidade de especificar para qual setor público requer mais atenção de recursos. Com tais medidas, a gestão pública no Brasil torna-se eficiente e os problemas ligados à corrupção, desde o período da República Velha, não interfira no desenvolvimento do país.