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Enviada em: 05/08/2018

O contratualismo de Rousseau, filósofo, define que o Estado surge para garantir o bem comum. No Brasil, entretanto, o conjunto de órgãos, serviços e agentes responsáveis por assegurar a satisfação das necessidades coletivas não tem cumprido seu papel adequadamente, o que afeta diretamente na qualidade de vida e desenvolvimento do país. De tal maneira, a baixa capacitação dos gestores e a corrupção descomunal existente são alguns dos fatores que fomentam a insatisfatória gestão pública brasileira.       A não exigência de formação acadêmica dos gestores é um empecilho para o bom planejamento do país. Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, afirmou que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo, tido ele mesmo se dedicado aos estudos antes de chegar à liderança e trazer transformações. Diferentemente de tal exemplo, muitos governantes brasileiros não possuem o ensino superior ou qualquer tipo de instrução política para estar envolvido na administração nacional, o que pode afetar a tomada de decisões. Logo, a falta de gestão com capacitação prejudica as necessidades coletivas.       Além disso, os altos níveis de corrupção danificam o funcionamento de uma gestão positiva. Analogamente à realidade de “A Sereníssima República”, um conto Machadiano que ironiza que a política se faz em função da corrupção, a administração brasileira é permeada por desvios de verba que deixam enormes déficits nos âmbitos das necessidades e diretos da população, como saúde, educação, segurança e cultura. Assim, ao invés de trazer benefícios ao bem comum, o que se observa é uma gestão corrompida que piora as condições de vida nacional.       Portanto, a fim de reduzir os problemas relacionados à má gestão pública brasileira, é necessário tornar as exigências mais rígidas aos candidatos, mediante a obrigatoriedade, para os futuros gestores, de ter formação no ensino superior, instituída e fiscalizada pela Justiça Eleitoral. Ademais, deve-se buscar amenizar a corrupção na política brasileira, por meio de manifestações populares em favor de colocar em prática as propostas “anticorrupção” do Ministério Público Federal, como a criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos. Desse modo, o Brasil poderia ficar mais próximo do Estado de Rousseau.