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Enviada em: 06/08/2018

O patrimonialismo foi o primeiro modelo de administração pública do Brasil, presente desde o período colonial até a República Velha, que consistia na falta de distinção entre os bens públicos e os privados. Nessa conjectura, o ideal seria que a gestão favorecesse a coletividade. Entretanto, a má gerência dos recursos ainda é um problema no país, tanto pelo choque de interesses quanto pela corrupção, mostrando que a curto prazo algo deve ser feito.     Primordialmente, o interesse obscuro por trás da gestão pública é o grande empecilho para o bom funcionamento das instituições. Tendo em vista que, mesmo a Constituição prevendo que são deveres dos poderes municipais, estatuais e federal organizar e prestar, de maneira direita ou indireta, serviços de interesses da população. A falta de especificidade da lei torna vaga a definição do que seria esses “serviços”, levando, por conseguinte, muitos políticos a optarem pela realização de obras faraônicas, para angariar votos posteriores, em detrimento daquelas realmente necessárias, como de saneamento, moradia, saúde, educação. Dessa forma, os recursos são mal geridos em prol de interesses de poucos.        Por outro lado, a corrupção acaba sendo um entrave na gestão pública. Segundo filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Contudo, casos de desvios de verbas, como do Rio de Janeiro, no governo Cabral, mostram que essa lógica é rompida e o compromisso com a população torna-se mero discurso eleitoral. Dessa maneira, não basta ter capital para ser usado em benefício dos cidadãos, mas também é indispensável indivíduos capacitados para geri-lo.      Existem desafios a serem superados na gestão pública brasileira. Portanto, para que haja mudanças, o Legislativo deveria deixar mais claro quais são os serviços de interesse da população, por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional, após a formação de uma comissão, com a finalidade de evitar que o dinheiro público seja utilizado em projetos não emergenciais. Além disso, para que o problema seja discutido, deve existir projetos de extensão universitária da faculdade de Direito com ciclos de palestras abertas à população sobre os privilégios obrigatórios dos cidadãos. Desse modo, assuntos antes oculto poderão ser discutidos e tratados de forma responsável. Nessa conjunta, importantes passos serão trilhados para que o país alcance uma vida harmônica.