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Enviada em: 05/08/2018

De acordo com o poeta Bertolt Brecht, inteligência não é não cometer erros, mas saber resolvê-los rapidamente. Todavia, a prática tem deturpado a teoria. Isso porque o sistema político brasileiro é marcado pela corrupção, a qual tem profundas raízes históricas. Conjuntura essa que traz grandes prejuízos para o corpo social.       A princípio, em 1824, instaurou-se o Poder Moderador, deixando D.Pedro I acima dos outros três poderes. Já durante a República Velha, o monopólio do poder estava nas mãos das oligarquias paulistas e mineiras, devido à Política do Café com Leite, aliada ao coronelismo e à Política dos Governadores. Atualmente, vários escândalos expostos pela mídia, como a Operação Lava Jato, ratificam o cenário - extremamente prejudicial - de preocupação com o particular em detrimento do social.       Dessa forma, confirma-se o pensamento de Bertolt quando dizia: "O ventre que gerou a coisa imunda continua fértil". Em função desse contexto, muitos brasileiros não se interessam e não participam das questões políticas. Atitude que intensifica a problemática. Ademais, há no tecido social brasileiro grande desigualdade social e econômica. Enquanto a região Sudeste é desenvolvida, por exemplo, no Norte carecem demandas básicas, como saúde, educação e segurança - o que vai de encontro com o artigo 6° da Constituição Federal Brasileira.          Infere-se, portanto, que para esse quadro seja revertido, compete às ONG's educar politicamente os jovens, por meio de plataformas com vídeo-aulas, as quais promoveriam o debate e o esclarecimento entre os adolescentes, tendo em vista que dentro da sala de aula, muitas vezes, não há um levantamento efetivo sobre as questões políticas. Tal situação é responsável por lançar, na sociedade, jovens sem posicionamento crítico. Terreno fértil para a perpetuação da corrupção pelos "representantes do povo", pois já dizia Brecht, continuar a se omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem.