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Enviada em: 05/08/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, assegura a todos o direito ao bem-estar social. No entanto, em oposição a tal preceito do documento, vê-se que a população brasileira não está usufruindo desse direito na prática, pois observa-se, no decorrer dos anos, uma elevada ineficiência na gestão dos órgãos públicos. Nesse contexto, é de fundamental importância o combate dessa prática e, para isso, deve-se analisar como os interesses particulares dos gestores e a falta de planejamento provocam os casos de tal problemática.       Em primeiro plano, ao analisarmos a história do Brasil, é possível perceber que o setor público tem acumulado um elevado déficit na gestão do país. Essa ineficiência em gerir esses setores, se deve ao fato de que os interesses políticos e particulares dos gestores em obter benefícios próprios, geralmente, estão acima dos interesses públicos. Essas atitudes contrariam o pensamento da filósofa brasileira Marilena Chuaí, a qual afirma que a democracia deve ser um sistema com direitos igualitários para todos, sem ações que prejudiquem um grupo em prol do outro. Desse modo, devido ao descaso dos representantes, a sociedade brasileira é impedida de usufruir de seus direitos fundamentais e, além disso, a nação segue com dificuldades em alcançar o progresso e o desenvolvimento.       Paralelamente, a má administração e utilização dos recursos públicos também contribui para que o país não alcance o desenvolvimento. No século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig, escreveu a obra literária, "Brasil, um país do futuro", afirmando que o país alcançaria grandes mudanças econômicas e sociais. No entanto, as péssimas qualidades dos setores públicos não são um modo de confirmar esse ideal. Isso se deve, muitas vezes, devido a falta de planejamento e eficiência dos recursos humanos em gerenciar e administrar o país ocasionando, dessa forma, uma nação carente e deficiente na qualidade dos serviços prestados, comprometendo o bem-estar da sociedade.       Portanto, para que a gestão pública seja democratizada e de qualidade é necessário que a administração do país seja gerenciada com total transparência, através de mecanismos tecnológicos, com o objetivo de facilitar o monitoramento e fiscalização das ações e serviços prestados, de forma a evitar à corrupção, promovendo, portanto, um gerenciamento eficiente para a população. Ademais, é necessário que os gestores públicos sejam regularmente capacitados, através de treinamentos adequados, para que possam desenvolver seus serviços com total competência, qualidade e resolutividade, de modo a garantir e promover para a sociedade um país em que seus direitos sejam de fato concretizados e alcançáveis.