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Enviada em: 05/08/2018

"Em um mundo onde existe uma riqueza de informação, existe frequentemente uma pobreza de atenção." A máxima do político Ken Mehlman ilustra o contexto hodierno brasileiro, no qual, apesar dos mecanismos de informações existentes, que revelam a busca por uma sociedade mais democrática, ainda se faz presente a parcialidade e os desvios de conduta na política. Desse modo, evidenciam-se a persistência dos atos de corrupção, bem como a falta de formação dos gestores públicos. Destarte, é imprescindível que o Estado reformule as medidas adotadas objetivando o desenvolvimento nacional e a erradicação dessa mazela.     A priori, o famoso "jeitinho brasileiro" atingiu proporções alarmantes na esfera Executiva e Legislativa. Nessa perspectiva, as recentes operações contra a corrupção, como a "Lava Jato", escandalizam os frequentes desvios de verbas públicas, provocando na sociedade um sentimento de descrença na política imparcial e nos administradores governamentais. Em face dessa conjuntura, os eleitores acabam exercendo o direito ao voto de maneira equivocada, ao elegerem representantes mais radicais em busca de soluções rápidas para o país e que não cumprem o artigo 37 da Constituição, por não exercerem seus cargos de forma impessoal, eficiente e com moralidade.      A posteriori, a não exigência de capacitação no nível superior por gestores públicos é ainda um agravante da situação. Haja vista que para ingressar em cargos governamentais, como prefeitos, governadores, etc, os únicos requisitos é saber ler escrever, gerando uma baixa qualificação por parte dos administradores públicos. Em decorrência disso, o número de pessoas descontentes com a gestão governamental cresce vertiginosamente, por não terem em seus municípios, por exemplo, representantes que saibam usar das leis e benefícios nacionais, em prol do desenvolvimento da região.      Dado o exposto, fica evidente a iminência em cessar a problemática. Assim sendo, o Estado deve assegurar  a melhoria das políticas públicas relacionadas a fiscalização das verbas nacionais, por intermédio de parceria com empresas privadas e criando acordos para atrair investimentos para o país, além de estimular o desenvolvimento nacional, com o objetivo de tornar a sociedade mais justa e igualitária. Paralelamente, as universidades que ofertam cursos nas áreas de direito e gestão pública, em parceria com o Governo, podem desenvolver ações que levem formação as pessoas que desejam ingressar na política, como também para os gestores já em exercício, por meio de campanhas governamentais contínuas, mobilizações e auxílio do Ministério da Educação, com o fito de atingir o bem-estar coletivo, cumprindo, assim, a Constituição.