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Enviada em: 05/08/2018

Durante a antiguidade, era comum os cidadãos da pólis grega preencherem alguns requisitos prévios para participarem da articulação política de sua comunidade. Hodiernamente, no Brasil, a carência de predicativos para assumir cargos públicos fica evidente quando deficiências em relação à gestão pública são expostas. Portanto, seja pela falta de planejamento eficiente na escolha dos gestores ou pela falta de fiscalização com os mesmos, a problemática instala-se.     Convém ressaltar, a princípio, que a administração dos recursos públicos ocupa um papel fundamental à benevolência do Estado, uma vez que por meio desta torna-se possível a efetivação plena dos direitos básicos garantidos aos cidadãos pela Constituição Federal. Nesse viés, é essencial que o cargo de gestor seja ocupado por um indivíduo ético e consciente de suas responsabilidades perante a nação. Entretanto, tal fato não sucede desta maneira no Brasil, que vivencia uma crise fomentada especialmente por uma má gestão pública. Desse modo, a ausência de um planejamento adequado e de uma organização eficiente coloca em risco o êxito do país, levando as pessoas a acreditarem que o único meio de solucionar as consequências advindas de tais problemáticas, a exemplo da corrupção, seja através de um Estado forte e autoritário, conforme presente no pensamento hobbesiano.     Em segunda análise, é fundamental avaliar que o país peca no quesito de fiscalização acerca dos seus gestores, pois estes realizam cotidianamente feitos tóxicos à nação, o que inclui a concessão de privilégios às classes mais abastadas - tal situação contribui para a formação de oligarquias. Assim, a população carente da sociedade é prejudicada, uma vez que esta depende integralmente dos serviços públicos que devem ser ofertados pelo Governo Federal. Dessa maneira, fica evidente que a desqualificação e a conveniência dos gestores brasileiros resultam em consequências bárbaras à sociedade.     Portanto, é indubitável a adoção de medidas capazes de reestruturar a gestão pública presente no país. Posto isso, cabe à Controladoria-Geral da União fiscalizar cautelosamente o gerenciamento dos recursos vigente no país e a postura dos gestores, com o fito de coibir atos corruptos no país. Além disso, é de fundamental importância a imposição pelo Poder Executivo de punições mais severas aos envolvidos em esquemas de corrupção. Ademais, é essencial que o cargo de gestor seja atribuído a cidadãos éticos e profissionalmente qualificados, que saibam a relevância de uma gestão eficiente no país. Por fim, a população deve buscar informações sobre a gestão pública atual e atentar-se a administração dos recursos financeiros , exigindo retorno por parte do Governo, uma vez que conforme o Contrato Social de Rousseau, a vontade geral deve ser respeitada pelos governantes.