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Enviada em: 05/08/2018

A Revolução Francesa, movimento social e político, trouxe uma série de mudanças na conjuntura mundial. Dentre essas, o Antigo Regime foi substituído pelo Estado Democrático de Direito, que é regido por uma Constituição Federal, dividido em três poderes - Legislativo, Executivo e Judiciário - e tem como principais preceitos o respeito pelos direitos humanos e garantias fundamentais. Nesse ínterim, a hábil gestão pública tornou-se essencial no que diz respeito a sustentação o sistema. Entretanto, os episódios de corrupção e nepotismo são entraves para a boa administração de órgãos e serviços públicos.  De fato, o nepotismo ainda é uma prática frequente no Brasil, mesmo que inconstitucional. Sendo assim, uma grande quantidade de profissionais não passa por nenhuma avaliação de mérito. Em consequência disso, o serviço torna-se ineficiente devido à falta de qualificação dos funcionários para a execução do cargo, o que gera efeitos diretos no país. Nesse sentido, diversos setores como saúde, educação e segurança pública, são extremamente prejudicados por conta da má administração dos recursos financeiros e políticas públicas.  Outrossim, a corrupção permeia a história do Brasil desde a República Velha, época na qual o voto de cabresto, que consistia na compra de votos ou troca por bens materiais, era uma prática comum. Já na hodiernidade, apesar de ilegal, ainda existem regiões do interior onde tal ato não é raro. Por conseguinte, na maioria dos casos, o político eleito desvia verbas públicas para uso particular. Destarte, o país carece de investimentos em infraestrutura e todas as outras áreas fundamentais para o bem-estar social. É evidente, portanto que há obstáculos para uma boa gestão pública. Dessa maneira, é dever do Poder Legislativo criar uma lei que torne obrigatória a formação acadêmica em gestão pública daqueles que concorrerem ao cargo a fim de contratar apenas indivíduos qualificados e preparados para lidar com a profissão. Ademais, no que tange à corrupção, cabe ao Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União em parceria com o Ministério da Educação, desenvolver projetos em escolas e universidades que disseminem o voto consciente. Assim, cada vez mais jovens estudarão seus candidatos antes de se deixarem influenciar por discursos falaciosos.