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Enviada em: 06/08/2018

“Nas favelas, no Senado, sujeira para todo lado. Ninguém respeita a Constituição”. Esse trecho pertence à música “Que país é esse?”, da banda Legião Urbana, e descreve a atual conjuntura política brasileira, na qual há um profundo desrespeito às leis que regem o país. Nesse contexto, é necessário analisar as causas e consequências envolvidas nesse cenário da gestão pública.        Convém ressaltar, a princípio, que o déficit na educação cria uma população, em sua maioria, desinformada e facilmente manipulável. Desse modo, essa mesma lacuna leva ao poder pessoas que, muitas vezes, desconsideram a ética e aproveitam-se da ignorância e do desinteresse da “massa” popular. Como exemplo, tem-se a aprovação de políticas que beneficiam os gestores públicos e a apropriação de parte do dinheiro destinado a algum setor social. Pode-se comparar essa situação à descrita pelo filósofo Aristóteles, quando fala sobre “governos corrompidos”, os quais não levam em consideração o bem-estar social.        Em consequência dessa gestão defasada, vários setores públicos são afetados, e passam a não exercer seus papéis adequadamente. Tal fato se reflete, por exemplo, nos desvios de investimento no setor educacional, ao se ver escolas com estruturas precárias e com professores desestimulados, devido aos baixos salários. Outrossim, os serviços prestados na área da saúde também são acometidos, já que há falta de medicamentos e de profissionais em muitas unidades de saúde. Não há dúvidas de que vários impasses contribuem e são consequência da má administração pública no Brasil.        Diante dessa perspectiva, é fundamental o papel do Ministério da Educação ao promover debates nas escolas sobre as problemáticas sociais, no intuito de tornar os jovens mais críticos e questionadores. Ademais, a mídia deve informar mais os perfis dos políticos e de suas propostas e ações, por meio de jornais e websites. Assim, limpar-se-á essa sujeira que mancha o Brasil.