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Enviada em: 05/08/2018

"Nas favelas, no senado, sujeira pra todo lado, ninguém respeita a Constituição". A letra da canção da banda Legião Urbana ilustra o cenário caótico de má Gestão Pública representado pela corrupção. Segundo pesquisa do Datafolha, os brasileiros consideram a corrupção, junto com a saúde, o principal problema do país. Diante disso, resolver esse problema cultural requer dos cidadãos: o pleno exercício da cidadania e o combate à atitudes corruptas diárias.       Convém ressaltar, a princípio, que a cidadania é um importante instrumento contra a corrupção. Isso porque, com a crise política pela qual o Brasil passa por causa da corrupção, muitos brasileiros tornaram-se apáticos e desinteressados quando o assunto é política. Entretanto, esse pensamento de que o país não tem salvação, pois a corrupção sempre existiu e existirá, torna a solução do problema bem mais complexa, incentivando corruptos e corruptores. Logo, viver em um regime democrático não é apenas votar e transferir aos representantes o exercício da própria cidadania, mas sim manter o espírito ativo de participação que no passado foi responsável pela conquista de muitos direitos.       Além disso, deixar passar pequenas ações corruptas do dia a dia torna o problema cultural longe de ser resolvido. O famoso "jeitinho brasileiro" de burlar normas alimenta pequenas atitudes como colar em provas, furar filas, usar vagas de idosos e de deficientes podendo transformá-las em ações que usam bens públicos a favor de interesses privados e deixando cada vez mais precários direitos como saúde e educação. Nesse sentido, antes de cobrar mudanças na esfera política, os brasileiros devem ser educados a combater situações cotidianas nada éticas.       Urge, destarde, que com o objetivo de tornar pleno o exercício da cidadania e combater a crise de Gestão Pública instaurada no Brasil, cabe aos cidadãos manter vivo o espírito de participação, por meio de petições, abaixo-assinados e manifestações em locais públicos e nas redes sociais. Com planejamento, o ativismo é poderosa arma para pressionar o Poder Público e exigir mudanças contra a corrupção. Ademais, é papel das famílias e das escolas discutirem com crianças e jovens as consequências da corrupção no dia a dia e como combatê-la. Só assim, sem nenhum tipo de corrupção, todos acreditarão no futuro da nação.