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Enviada em: 05/08/2018

A Gestão Pública é a função designada aos indivíduos escolhidos pela população para administrar os setores básicos da sociedade, como saúde e educação. Entretanto, hodiernamente, observamos a deturpação de tal função por essas pessoas, as quais utilizam do poder concedido pela sociedade como forma de locupletar de maneira fácil, por conta da corrupção. À vista disso, inferimos que tal problemática é inerente a estrutura do Estado e ao caráter corrupto dos próprios eleitores.       Destarte, conforme o economista Ludwig Von Mises, a corrupção é intrínseca a um Estado distenso, o qual falha em cumprir suas obrigações básicas. Visto isso, a má gestão das funcionalidades públicas, como saúde, educação e segurança está associada a grande vastidão de poder do Estado, o qual propicia inúmeras formas de corrupção. Dessa forma, no Brasil, o grande número de Ministérios e Estatais e a falta de fiscalização dos mesmos originam formas de desvios de verbas e privilégios políticos, por meio de obras superfaturadas que alegam ser para o bem da sociedade. Isso é refletido em fatos, como o caso de escândalo de corrupção da construtora Odebrecht, a qual tornou-se um dos maiores casos de desvios de verbas da história do Brasil.       Nesse âmbito, consoante o filósofo Platão, o mundo seria melhor se os homens fossem modestos, porém eles cobiçam o poder, o luxo e anseiam coisas, as quais não podem alcançar. Dessa maneira, o homem busca de todas os jeitos formas de chegar ao poder e realizar os seus anseios mais profundos e utiliza de diversos artifícios para isso, como a corrupção. Com isso, no Brasil, essa corrupção está ligada não somente aos políticos que utilizam da compra de votos para chegar ao poder, mas também está associada aos eleitores, os quais vendem seu voto por dinheiro ou promessas políticas sem nem conhecer a pessoa, o que compromete o futuro do país.       Por conseguinte, a manutenção da estrutura do Estado e o combate ao caráter corrupto dos eleitores são insatisfatórias para com essa problemática. Assim, assiste à Câmara de Deputados, por meio de projetos de leis, a criação de diretrizes, as quais busquem a redução do poder e da influência do Estado sob Ministérios e empresas e limite o gasto de dinheiro público, a fim de que haja uma redução nas possibilidades de monopólio do poder. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, por meio da formação de novos profissionais, a criação de projetos educacionais, os quais visem demonstrar aos estudantes a forma como a política acontece, as meios de corrupções e a importância de escolher o representante correto na hora de votar e o poder que o voto do cidadão possui, para que haja uma geração futura cônscia dos processos políticos e que fiscalizem e cobrem dos políticos, os quais foram lhes dados a confiança da representação da nação.