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Enviada em: 08/08/2018

Segundo a teoria funcionalista durkheimiana, a sociedade é como um organismo vivo, composto por órgão relacionados e com funções específicas. Em tal perspectiva, a gestão pública surge como um sistema nervoso central que dá base para que as demais funções sejam realizadas. No Brasil, essa administração do Estado tem encontrado obstáculos em sua busca pela eficiência, como os inúmeros casos de corrupção, o falho planejamento e a falta de preparo político da população.         Essa problemática gestão pública é exposta diariamente em reportagens de casos de corrupção na política como o famoso ''Mensalão''. Desse modo, a transparência dos funcionários públicos torna-se-a uma solução viável para tanto, já que, consoante Noam Chomsky, '' os Estados não são agentes morais; as pessoas são''. Sendo assim, o tratamento da coisa pública precisa passar por uma dinâmica cooperativa entre sociedade e Estado para que sejam asseguradas as necessidades coletivas variadas de educação, saúde, segurança e bem-estar. Isto é, a total transparência do fazer político deve ser atrelada a uma instrução acerca dos princípios de gestão no currículo básico da população, visando à eficiência administrativa do Estado brasileiro.          Além dessa questão desvirtuosa, o defeituoso planejamento de projetos para fazer o que precisa ser feito para a população também compromete a eficiência da gestão pública nacional. De maneira análoga a um aplicativo de GPS, para chegar a um resultado tem de se planejar uma rota, segui-la e se, por descuido, dobrar alguma rua errado, deve ser possível visualizar rapidamente uma forma de corrigir para chegar ao destino. Entretanto não é isso que se observa no cenário hodierno de administração e organização dos recursos públicos para com as necessidades do país, sendo, portanto, uma realidade que precisa ser alterada tendo por base a inter-relação entre recursos, ações e resultados, pois é preciso, como disse Comte, ''ver para prever e prever para prover''.          Dessarte, medidas são necessárias para resolver esse impasse e alterar tal realidade prejudicial. É preciso, portanto, que o Portal de Transparência e Controladoria-Geral da União, já existente, seja atualizado com mais frequência acerca da atuação dos servidores e dos recursos públicos, para que assim atinja sua finalidade de ser um agente moral contra a corrupção e um elo entre a sociedade e o Estado. Ademais, o Ministério da Educação deve inserir na base curricular o conteúdo de gestão da coisa pública, a fim de preparar a população para fiscalizar a administração do país e o fazer político. Outrossim, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo essencial nesse âmbito, tem de elaborar estudos especiais para a formulação de políticas e auxiliar na formação de servidores em termos de gerenciamento, visando a eliminar essa problemática e a chegar ao ''destino das rotas'' .