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Enviada em: 10/08/2018

Na obra O Príncipe, Nicolau Maquiavel expõe que nada faz um príncipe ser tão estimado quanto realizar grandes empreendimentos e dar grandes exemplos. Entretanto, na contemporaneidade, os casos de desvios de conduta, e, também, à ausência de uma educação política se tornam um desafio para efetivação do pressuposto. Por essa razão, faz-se necessário pautar os desdobramentos dessa problemática.   Em primeiro lugar, é imprescindível ressaltar como a corrupção contribui para à ineficiência da administração do país. Conforme preconizado por uma pesquisa feita pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec), os prejuízos econômicos e sociais que a corrupção causa no Brasil é de 69 bilhões de reais por ano. Dessa maneira, a postura individualista desses corruptos implica em grandes consequências aos indivíduos do corpo social, que são submetidos a um precário sistema de saúde, educação e segurança, direitos essenciais para a promoção do bem-estar comum.   Outrossim, é importante destacar o papel da educação no combate a temática da má gestão pública, já que, assim como preconizado pelo educador brasileiro Paulo Freire, se a educação não pode transformar uma sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Evidenciando o poder transformador da educação. No entanto, a situação do ensino público e político não é oferecido com qualidade o que corrobora, em sua maioria, para formação de um corpo social facilmente manipulável, no qual muitos governadores se aproveitam dessa ignorância para se beneficiarem.    Tendo em vista os argumentos supracitados, observa-se a necessidade de medidas capazes de melhorar o cenário da gestão pública no Brasil. Portanto, os Tribunais de Contas do Brasil devem realizar ações periódicas de fiscalizações do dinheiro público, tendo enfoque em gestões cujos municípios sofrem grandes problemas, sobretudo, no âmbito da educação e da saúde, com o fito de identificar e punir possíveis transgressores da lei. Soma-se a isso, cabe ao setor midiático promover propagandas de cunho educativo, que visem empoderar a população na participação política, de modo a exigir a eficiência dos governadores. Tais medidas poderiam tornar o século XXl um período de mudanças que estaria marcado na história para as futuras gerações.