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Enviada em: 07/08/2018

A corrupção na gestão pública evidencia que o Brasil encontra-se em um período de anomia social. Nesse sentido, a forma como o cidadão lida com os fatores que envolvem a gerência do país desperta o conceito que regras individuais e coletivas interferem na conduta humana – como expôs C.S. Lewis em “A abolição do homem”. Nesse contexto, ignorar os problemas na política é promover a abolição dos preceitos fundamentais da humanidade: direito -e dever- à vida . Assim, é notório que esse é um problema coletivo, ocasionado pela distorção de valores e desencadeando problemas econômicos.    Em primeira instância, diante da cultura em massa desencadeada pela herança corrupta, as problemáticas sociais, como esquemas de fraudes, são crescentes. É notório que os desvios do dinheiro público afeta a disponibilidade adequada de serviços de saúde, educação e segurança, encaminhando o investimento que deveria ser público para o bem-estar individual dos gestores. Nesse sentido, considerando a necessidade do homem como animal político em estar inserido socialmente, o cidadão se torna escravo desse ambiente globalizado e aparentemente harmônico e íntegro . Em suma, vive-se , de fato, “a abolição do homem” caracterizada pela ruptura de valores e falta de diretrizes em prol dos serviços sociais, pois, a sociedade tornou-se agente da individualidade.    Consequentemente, o indivíduo como produto das próprias circunstâncias sociais sofre os reflexos negativos da desonestidade. Sabe-se que a desorganização da gestão desencadeia uma crise social, sendo refletida nos protestos e movimentos contra o governo. Dessa forma, as consequências são consideráveis não apenas para o indivíduo doente, com o estigma social e com a pressão da população, mas também para a nação, visto que vêem-se estagnados economicamente tendo que aumentar a jornada de trabalho para sustentar a família. Sob essa perspectiva, sendo a corrupção precursora de impactos individuais e coletivos alarmantes, não é exagero considerá-la o paradoxo da “Sociedade do Conhecimento”. Assim, se é certo afirmar que o mundo globalizado avançou em vários setores, não menos exato é considerar o quanto a sociedade vive sob uma pseudo nova era, que coloca o bem-estar da sociedade à deriva do capitalismo humano.    Logo, é pertinente concluir que a corrupção na gestão é um desafio para o país. Dessa forma, seria plausível a criação de congregações de suporte à sociedade, efetuados pela integração de órgãos nas três esferas (federal, estadual e municipal), da sociedade e da Indústria Tecnológica, a fim de adquirir novos valores para que a sociedade vote consciente, conhecendo o político e disponibilize cargos fiscalizadores, eleitos por concursos, para que haja bloqueio no desvio do dinheiro público. Assim, baseada em uma globalização social, pode-se construir uma bela época no Brasil do século XXI.