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Enviada em: 12/08/2018

" As leis são como as teias de aranha que apanham os pequenos insectos e são rasgadas pelos grandes ". Essa frase de Sólon, estadista grego exemplifica bem o momento que vivemos no Brasil, onde estamos cansados de ouvir através da mídia casos de corrupção envolvendo a gestão pública de nosso país, problemas estes que atravessam a barreira ideológica e se arrastam pelo tempo através da impunidade, corroborando diretamente para a crise social e econômica da nação.       Caos na segurança pública, crise na educação, falta de infra-estrutura básica e um sistema unificado de saúde falho, são reflexos de uma gestão corrupta e desqualificada de um país rico, porém refém de uma Oligarquia política que supera as próprias desavenças a fim de garantir a manutenção de seu poder. Poder este, assegurado às custas do suor e sangue de inocentes que padecem com a falta de uma gestão digna de confiança em todas as regiões do país, caracterizando-se um problema social, mantido pela criminalidade que transborda nos três poderes.     Em um país democraticamente novo, e com uma experiência relativamente pequena a respeito desse sistema político, os problemas emergem numa aceleração constante causando um pessimismo tamanho onde as pessoas procuram se agarrar num salvador, no entanto, muitas vezes cegamente, acreditando em meias palavras de conforto e promessas de mudanças que não passam de uma forma populista de atrair votos, que depois de conquistados, não são bem representados, e sim usados para o garantimento de privilégios próprios e ganhos ilícitos através do poder adquirido. Pior que errar, é não aprender com o erro e persistir nele, como na idolatria de um gestor evidencialmente corrompido, caindo na armadilha da retórica bem-sucedida, presos a uma maquiagem de bem feitor.      Logo, na parte social se vê de urgente necessidade o desenvolvimento de um pensamento mais crítico e autônomo por parte dos indivíduos, para assim encaminhar-se a uma escolha mais prudente e correta a respeito de seus representantes, e ao Estado, cabe a elaboração de um sistema com eficaz transparência no que diz respeito a dinheiro e patrimônio público, garantindo assim o acompanhamento social de cada centavo, e o acesso fiscal dos meios não estratégicos da nação. Além da privatização por parte do Poder Executivo de ambientes deficitários e com um potencial negativo de gestão, e a manutenção constitucional única pelo Poder Legislativo, a fim de findar as brechas encontradas nas leis para a impunidade, e por fim um investimento acentuado na educação, coluna mestra na formação ética e moral de qualquer sociedade, para que assim se interrompa o ciclo pútrido instaurado em nosso meio.