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Enviada em: 12/08/2018

Segundo o filósofo Thomas Hobbes na sua obra ''O leviatã'', o homem deve abrir mão de sua plena liberdade, a fim de que o Estado mantenha o equilibrio social, provendo o que for necessário e possível para fazê-lo. Ao trazer essa perspectiva para o panorama político brasileiro, é perceptível que a gestão pública não alcança essa harmonia, porque enfrenta problemas como as práticas patrimonialistas de seus gestores e a falta de atenção dada às necessidades básicas do cidadão.     Nesse contexto, no que tangem medidas que visam o desenvolvimento humano há um perceptível abandono por parte dos governantes. Como exemplificação para essa realidade encontam-se favelas e subúrbios brasileiros, onde a falta de atuação do Estado tem como consequência o domínio do crime que atua como meio ilegal e violento de gestão e poder político. Logo, é explícito que essa ausência provoca o retono do estado de natureza do indivíduo que, ainda segundo Hobbes, consiste em conflitos contínuos pela busca do poder.     Ademais, segundo o escritor Sérgio Buarque de Holanda em ''Raízes do Brasil'', a falta de distinção entre os patrimônios público e privado, ou patrimonialismo, é endêmico na gestão e política brasileiras. Como o clientelismo, ou troca de favores entre político e cidadão, que ocorre mais expressivamente nas regiões carentes do país e tem como resultado o impedimento do exercício da plena democracia. Além de criminosas práticas desse gênero também perpetuam segregações econônicas preexistentes.   É perceptível, portanto, a relevância de ações que assistam à população e criminalizem devidamente os maus gestores. Para isso, primeiramente, a sociedade por meio de protestos e abaixo-assinados deve reivindicar por melhoras no combate à violência, na saúde e educação. Simultaneamente, ela deve acompanhar pela mídia a atuação das instituições públicas que promovem a justiça, a fim de esta atue sem flexibilidade por compreenção da existência um povo cada vez mais politicamente ativo.