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Enviada em: 12/08/2018

A proclamação da república no Brasil, ocorrida em 1889, consolidou, definitivamente, o Poder Executivo como responsável pela gestão dos bens públicos no país. Entretanto, mesmo após mais de 100 anos de atuação integral, a administração governamental ainda apresenta falhas. Nesse contexto, é fundamental analisar como a supremacia dos interesses particulares em relação aos do povo e as destinações de verbas desiguais corroboram o panorama defeituoso no que tange à gerência do patrimônio estatal.       Em primeiro plano, é importante ressaltar que, embora a Constituição Federal de 1988 estabeleça a impessoalidade como um dos princípios da administração pública, os agentes do governa ainda permitem que seus interesses individuais prevaleçam sobre os da nação. Esse panorama decorre, principalmente, da incessante busca pelo lucro, em detrimento de medidas que beneficiem a população. Como consequência dessa forma egocêntrica de gerir, grande parte da sociedade brasileira tem a sua cidadania lesada com a falta de serviços básicos, como saúde e educação, ao passo que muitos representantes do povo desviam verbas para fomentar estilos de vida luxuosos.        De outra parte, convém frisar que, de maneira análoga ao pensamento Aristotélico, a política deve ser realizada visando o equilíbrio das necessidades sociais. Contudo, infelizmente, o Poder Executivo do território tupiniquim não cumpre tal ideal, tendo em vista, por exemplo, a desigualdade existente entre as infraestruturas de regiões frequentadas por pessoas de diferentes poderes aquisitivos. Por conseguinte, enquanto um número reduzido de pessoas desfruta de serviços de qualidade, muitos brasileiros encontram-se desamparados pelo que, em tese, deveria ser essencial para uma qualidade de vida satisfatória.        Fica evidente, portanto, que a gestão pública no Brasil mostra-se, geralmente, com falhas e ineficiências. Sendo assim, é imprescindível que o Poder Executivo, por meio do aumento da fiscalização sobre os seus próprios representantes, garanta o cumprimento dos princípios constitucionais, como a impessoalidade e a publicidade, a fim de reduzir o prática da corrupção nos ambientes governamentais. Somente desta forma, o território brasileiro representará um exemplo de Estado Democrático de Direito que se importa, realmente, com o bem-estar geral da população.