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Enviada em: 14/04/2019

O filósofo Jean Jacques Rosseau, explicita em seu pensamento contratualista a responsabilidade do Poder público centralizador em garantir o bem-comum. No entanto, observa-se, de fato, a ineficiência e atraso da gestão pública brasileira. Isso se deve, sobretudo, à ausência de capacitação profissional de indivíduos que ocupam cargos públicos, bem como a sobreposição de interesses pessoais em detrimento do bem-estar coletivo.   Em primeiro plano, infere-se que a falta de qualificação profissional dos gestores públicos afeta diretamente o desenvolvimento urbano e econômico. Com isso, os problemas em torno da gestão pública brasileira, a ausência de capacitações específicas de instruções administrativas, somado a inexperiências políticas, representam os obstáculos para o sucesso do processo de consolidação da relação entre recursos, ações e resultados administrativos. Conforme preconizado por dados do Censo da Educação, o Brasil dedica 5,6% do PIB ao ensino - são 19% dos recursos públicos, no entanto, o desempenho ainda é baixo. Dessa forma, é explícito a ineficiente administração dos recursos públicos.   Outrossim, é válido destacar os casos de corrupção comumente presentes na gestão do Brasil. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria - CNI, a corrupção foi considerada, por 65% dos brasileiros, o segundo principal problema no país. Destarte, percebe-se que os desvios de verbas públicas para finalidades pessoais, drenam os recursos do país acometendo o bem-estar coletivo. Assim, o já citado pensamento contratualista de Rosseau, o qual preconiza que o Estado deveria surgir para o bem-comum, não obstante, ao agregar todos os aspectos, é notório a deficiência na seleção dos gestores públicos.   Nesse viés, torna-se evidente a necessidade de superar o problema. Para tanto, é indispensável maiores exigências no que se refere à formação acadêmica, experiências políticas e seleções burocráticas, impostas aos candidatos interessados aos cargos, instituída pela Justiça Eleitoral por meio de avaliações rigorosas, objetivando o pleno desempenho da gestão pública. Ademais, cabe ainda ao Poder Legislativo, criar leis eficientes, rígidas e igualitárias por meio de uma maior fiscalização, a fim de punir todos os envolvidos em casos de corrupção. Desse modo, indubitavelmente, o Brasil dará um grande salto para uma evolução significativa no que tange ao bem-comum.