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Enviada em: 12/04/2019

No livro "A revolução dos bichos", de George Orwell, a fazenda representa uma má estrutura governamental, a qual é evidenciada pela disparidade entre os porcos, que estão no poder, e os demais animais. De maneira análoga, fora da ficção, tal quadro faz-se uma realidade no Brasil hodierno, haja vista as mazelas administrativas do país, como a corrupção. Com isso, fica claro o impasse, seja pela insuficiência estatal, seja pela passividade cívica.   Decerto, a nação possui inúmeras problemáticas. Nesse ínterim, a administração pública deficitária mostra-se manifesta, uma vez que, mesmo com a grande carga tributária, os serviços oferecidos são de péssima qualidade, como o transporte público. Assim, observa-se o rompimento das gestões com a lógica de Thomas Hobbes, a qual pontua o Estado, por meio do contrato social, como o responsável pela harmonia coletiva, pois, apesar do conflito, há a carência de políticas efetivas.     Outrossim, vale ressaltar o caráter passivo populacional como notório impulsionador do cenário. Nesse sentido, a inércia, defendida por Newton, aponta a continuidade da configuração de um corpo até a ação de uma força externa. Seguindo isso, nota-se que o problema do poder público é fortalecido pela não atividade ativa civil, porque, sem o protagonismo dos cidadãos, a exemplo da constante vigilância dos políticos, a ordem vigente persiste. Dessa forma, a vivência brasileira é prejudicada.       Infere-se, portanto, a necessidade de medidas que revertam a situação. Nesse caso, cabe às prefeituras a criação de um pacote que aglutine mais transparência dos atos das gestões, como um site das contas públicas mais claro e interativo, e  o endurecimento das leis contra a corrupção, pelo Poder Legislativo, a fim de atenuar a conjuntura. Ademais, compete às associações comunitárias, ligadas às famílias e escolas, a elaboração de projetos lúdicos, como amostras fotográficas, acerca do protagonismo cívico, para desconstruir a óptica passiva atual. Destarte, o contexto exibido na  fazenda fictícia de Orwell não será análogo ao Brasil.