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Enviada em: 18/04/2019

Segundo a teoria filosófica do Contrato Social, a intenção da criação do governo é uma troca de benefícios entre os indivíduos e essa autoridade, onde eles reconheceriam seu poder e teriam direitos básicos assegurados. No entanto, a má administração das verbas públicas pelos gestores do Brasil revela que essa conceito está, desde muito tempo, defasado, em vista dos frequentes casos de desvio financeiro e da defeituosa distribuição dessas finanças para os setores da educação, saúde e segurança, por exemplo.   Em primeiro âmbito, o extravio de dinheiro público para o benefício dos administradores difunde, na sociedade, um  pensamento de desmoralização da democracia, enfraquecendo o sistema. Com isso, segundo o Índice de Percepção de Corrupção, em 2018, o Brasil ocupava a posição 105º em uma pesquisa realizada com 180 nações, questão que tem como consequência uma desvalorização da imagem do país tanto para o exterior como para seus habitantes.   Já em segunda análise, a ausência de uma distribuição justa para os  respectivos setores é motivada pelos privilégios e auxílios recebidos pelos gestores do país. Por isso, conforme um levantamento da ONG Contas Abertas, em 2016, os custos relacionados aos gastos com os carros oficiais para os governantes foi de 1,6 bilhão, valor muito superior ao destinado para diversos Ministérios como o do Meio Ambiente, que foi de apenas 440 milhões, revela-se, assim, um descaso com a sociedade, que sente-se lesada ao saber que o dinheiro dos altos impostos não é investido nas necessidades básicas.    Em síntese, o lapso dos gestores para um melhor gerenciamento dos recursos públicos de forma tão explícita, motiva um sentimento de revolta e impunidade na população. Logo, faz-se necessário uma maior imposição do Poder Legislativo, com a criação de emendas constitucionais que não deem saídas para quem cometer atos ilícitos de corrupção, aumentando as penas, retirando a possibilidade de fianças e de foro privilegiado, no intuito de fazer esses indivíduos repensarem antes de consumar tais ações. Além disso, cabe ao Ministério da Educação enfatizar sociologia e filosofia, como também a implantação de noções de política na base comum curricular do ensino médio, formando pessoas que possuam um maior senso critico na hora de escolher seus candidatos.