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Enviada em: 25/05/2017

"A democracia,mais do que qualquer outro regime,exige o exercício da autoridade." A célebre frase do diplomata francês Saint-Jonh Perse, deixa nítido de como a soberania popular deve ser governada.No entanto,podemos perceber que na sociedade brasileira há uma contradição em relação a esse pensamento.Nos últimos tempos tem sido lugar comum, a afirmação de que a administração pública precisa passar por um amplo projeto de reformulação de suas bases clássicas de funcionamento.Deve-se,então,compreender as razões e suas consequências para que se possa propor uma solução.   O Brasil passa por uma situação delicada ao se falar em corrupção. Roubos, fraudes, falcatruas, principalmente na classe política, levam a população a desacreditar no país — segundo dados do IBGE,essa rejeição cresceu 37% nos últimos anos. O principal combustível deste processo é a impunidade, a qual, aliada com aqueles que fazem a lei, beneficia os ricos em detrimento dos pobres.A corrupção na politica brasileira sempre esteve presente de uma forma que, talvez, possa até ser considerada endêmica. Isso fica claro ao observar escândalos que vem à tona, com políticos e partidos envolvidos em desvios e improbidades administrativas.     A Constituição de 1988 indicou as bases fundamentais da mudança, ao propor uma administração pública vocacionada para servir à coletividade, viabilizar os direitos sociais e prestar serviços compatíveis com as prerrogativas advindas da sociedade organizada e da cidadania participativa.Mas,o que vem sendo feito no Brasil é a distorção desses princípios por grande parte de nossos representantes.A crise experimentada pelo aparelho estatal revelou que grande parte de sua estrutura estava contaminada por fatores ligados ao clientelismo, à ausência de planejamento, ao distanciamento da sociedade e à incompetência decisória.     Destarte,é necessário privilegiar a boa gestão, a nova ordem administrativa e a legitimação da participação do cidadão nos destinos do poder público.De início,o Ministério de Comunicação em parceria com a mídia,deve criar na TV aberta um horário especial para mostrar os projetos governamentais realizados por cada governante,para que assim a população fique ciente do que seus representantes políticos estão fazendo pelo país.Além disso,o MEC em parceria com as escolas deve,por meio de peças teatrais e palestras,incentivar os jovens e adultos a participarem de movimentos sociais,a fim de gerar uma nação mais crítica e participativa.Por fim,cabe ao governo colocar à educação como prioritária e estudar alternativas para ampliar os investimentos,garantindo mecanismos legais capazes de aumentar o percentual repassado às redes públicas.Como disse Oscar Wilde:"O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação."