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Enviada em: 27/05/2017

“Que importa a natureza, a Glória, a baía, a linha do horizonte? O que vejo é o beco”. No poema de Manuel Bandeira, denominado “Poema de Beco”, o poeta modernista resume o contraste existente no Brasil, já que o eu-lírico ao mesmo tempo em que observa as belezas naturais, percebe o “beco”, isto é, uma alegoria aos problemas sociais. Dentre essa problemática, é importante salientar a corrupção política, a qual é prejudicial, haja vista o Brasil é um país republicano.         O contexto atual do século XXI está marcado por diversos escândalos políticos, dentre eles, em novembro de 2014, um dos maiores escândalos de corrupção na gestão pública de Santa Catarina, o esquema constituía no pagamento de propina em troca de favorecimentos em licitações e fraudes em contratos com a administração pública. Não somente esse, mas, diversos escândalos no período de 2000 até 2017, caracterizam essa mazela social, evidenciando a ruptura nos processos políticos brasileiros       Outrossim, é indubitável pontuar que a apatia da sociedade quanto às transformações no meio político é, de fato, um dos potencializadores dessa mazela social. Isso se dá porque a população, na sua maioria, se recusa a inteirar-se dos assuntos políticos, deixando tudo para seus supostos “representantes”. Desse modo, o comodismo social é gerado, e como consequência disso, a falta de transparência nas gestões públicas e, eventualmente, a corrupção.              Segundo o Sociólogo Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir a harmonia social. Seguindo a linha contratualista de Hobbes, o SFT (Supremo Tribunal Federal) deve agir efetivamente para diminuir a incidência de casos de corrupção nas gestões políticas. Para que isso ocorra de forma auspiciosa, o Estado deve estabelecer medidas de fiscalização mais assídua em relação ao mandato dos parlamentares, para assim, evitar que sistemas de corrupção se concretizem causando prejuízos para o País. Ademais, a educação social, disponibilizada pelo Governo e a mídia, estimulando o cidadão a se tornar mais participativo quanto as relações políticas que ocorrem na nação. Dessa forma, o “beco” causado por meio da corrupção política será minimizado.