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Enviada em: 06/10/2017

O bem estar social, é o principal objetivo da administração pública. No entanto, é comum ocorrer casos de má utilização dos recursos públicos e atos de corrupção. Em consequência, tem se pensado em formas de controle que visam uma ação mais eficiente da administração no país.          De acordo com o consultor jurídico e professor de Direito da USP, Gustavo Justino de Oliveira, há desde a Constituição de 1988, avanços de suma importância no âmbito político social, como a determinação de deveres para agentes públicos, fortalecimento de instituições públicas e maior envolvimento da população na vida política.     Entretanto, casos de corrupção representam um retrocesso político e constitucional, visto que "corrupção" é, em sua definição mais compacta, o ato de beneficiar alguém prejudicando outro indivíduo, ato cotidiano na realidade política brasileira. Explicitamente em novembro de 2014 no estado de Santa Catarina com a Operação Ave de Rapina, em que órgãos públicos foram atingidos por investigações da Polícia Federal em relação a fraudes e propinas nos contratos administrativos.       Do mesmo modo como ocorreu no Mensalão - compra de votos parlamentares no Congresso Nacional - e no Petrolão, gestores públicos realizaram transferências de dinheiro público para uso pessoal, além de desvios de recursos naturais brasileiros com fins lucrativos e danosos ao país. Tais recursos deveriam estar dispostos nos setores de saúde, educação, segurança, lazer e cultura - atualmente, em situações precárias e de descaso - quebrando assim o paradigma teórico do gerenciamento para o povo.       A busca pela transparência na gestão pública é um fator importante para eliminar traços de corrupção. A Lei de Acesso á Informação, sancionada em 2011, tem como finalidade tornar menos obscuro a forma como os recursos públicos são administrados, além da Lei da Transparência, sancionada após investigação do Mensalão. É garantido a população, pelo Tribunal de Contas, a participação no ramo político após as eleições, através de fiscalizações aos governantes, contudo, falta  a população o acesso a tal tipo de informação.    Cabe, portanto, ao Ministério Público em parceria com o Tribunal Eleitoral, promover para a população, por meio de campanhas educacionais televisas, o acompanhamento dos processos dos candidatos depois das eleições e a valorização do voto, para assim tornar a relação político social mais justa e igualitária, com todos seus integrantes cumprindo direitos e deveres.