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Enviada em: 22/04/2018

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de nascimentos a cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos, no Brasil, diminuiu se comparada à década anterior. Entretanto, ainda está acima da taxa média mundial. Desse modo, deve-se analisar as afirmações da Doutora Philippa Gordon e da Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana de Saúde, ambas chamam atenção para a desinformação acerca da educação sexual e das condições de vulnerabilidade de alguns jovens brasileiros, respectivamente.     De certo, a desinformação acerca da educação sexual é o principal fator da gravidez precoce, uma vez que deriva de uma crença equivocada das escolas junto as famílias de que instruir as adolescentes sobre prevenção sexual pode encorajá-las a se tornar sexualmente ativas, como afirmador pela Doutora Philippa. Indubitavelmente, é fato que cerca de 50% dos jovens já realiza atividade sexual, logo a falta de informações precisas e atuais sobre relação sexual e suas consequências, além da ausência de distribuição de contraceptivos, no Brasil, gerou uma situação caótica. Dessa maneira, um grande número de meninas se tornam mãe precocemente, conforme os dados divulgados pelo site Acidadeon, 625.750 de garotas abaixo de 19 anos se tornaram mãe no ano de 2014, apenas no Estado de São Paulo.               Outrossim, a partir da frase do Economista Roberto Campos na qual dizia, "Tudo o que se pode fazer é administrar as desigualdades, buscando igualar as oportunidades", analisa-se que o Brasil falha em promover igualdade, apesar de sua riqueza é notório que um grande número de brasileiros são marginalizados. Por conseguinte, tal negligência resulta em jovens vulneráveis, à medida em que eles não tem acesso a uma educação de qualidade junto a falta de perspectiva em relação ao mercado de trabalho, respectivamente, como afirmou Carissa. Para exemplificar, no Brasil cerca de 83% das adolescentes que são mães precocemente não estudam e nem trabalham, segundo o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2013.      Em suma, para que se diminua os casos de gravidez na adolescência, é preciso que o Ministério da Educação, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação crie um projeto de prevenção à gravidez, no qual consiste na adição da matéria sobre educação sexual na grade curricular, além de criar um fórum virtual para que a família junto aos alunos tenham a oportunidade de opinar e dar ideias de melhoria para tais aulas, com intuito de envolver a comunidade no combate a problemática. Ademais, é necessário que o Ministério do Desenvolvimento, intensifique os programas sociais, como o Bolsa Família, Bolsa Verde, entre outros, a fim de promover maior inserção na sociedade dos brasileiros marginalizados, para que tais pessoas ampliem as oportunidades sociais, como educação e trabalho.