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Enviada em: 23/04/2018

Tema tratado ainda como Tabu por parte de nossa sociedade, a Gravidez na adolescência em evidência no Brasil deve ser abordado e debatido de forma imediata. Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), a gestação é a principal causa de morte entre adolescentes no mundo. A taxa de gravidez adolescente no Brasil está acima da média latino-americana e caribenha, um cenário que põe em riscos a saúde de nossos jovens. Essa adversidade se dá em especial, pela omissão do Estado e pela falta de estrutura familiar das adolescentes.      Em uma primeira análise, é possível destacar a negligência do Governo Federal em disponibilizar meios para que nossos adolescentes recebam uma educação sexual de qualidade. Ao olharmos para a grade curricular de nossas escolas, pode-se perceber que não há uma matéria especifica que vise conscientizar nossos jovens sobre os riscos que se corre ao transar sem fazer o uso de algum método contraceptivo. Riscos que vão desde à contração de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), até uma gravidez indesejada. Outrossim, a falta de investimentos em campanhas publicitarias que visam à conscientização da gravidez na adolescência, e a falta de profissionais capacitados para tratar de tal assunto torna tal realidade ainda mais assustadora.     Em uma segunda análise, cabe pontuar a falta de estrutura familiar nos lares de nosso país. Segundo Coelho Neto, a família é o núcleo da sociedade. Nela é que se forma todas as virtudes e se amolda o caráter. O alto número de adolescentes grávidas em nossa nação evidencia à fragilidade familiar, vulnerabilidade essa causada tanto pela falta de educação sexual quanto pela desigualdade social. Ademais, cabe destacar o abandono familiar por parte dos pais. Em grande parte dos casos de gravidez na adolescência, a família da gestante começa a tratá-la com repudio e por vezes chega até a abandoná-la por completo após descobrir a gravidez, fazendo com que a adolescente busque saídas para reverter tal situação, cuja a principal é o aborto. Seja por conta própria ou em clínicas clandestinas, essa pratica tem aumentado de forma estupenda os riscos de sequelas ou até a morte das adolescentes.      Torna-se evidente, portanto, que a gravidez na adolescência põe em risco o bem-estar da sociedade. É responsabilidade do Estado, através do Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Educação, enviar verbas para capacitar nossos professores e contratar profissionais especialistas no assunto para educar nossos jovens, seja com palestras nas escolas ou campanhas publicitarias na mídia. Além disso, cabe a família cumprir com seu papel de educar nossas crianças e adolescentes para que eles aprendam a cresce em harmonia com nossa sociedade.