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Enviada em: 19/04/2018

A gravidez na adolescência, no Brasil, é um problema atual que merece devida atenção, pois a gestação precoce em mulheres de 15 - 19 anos tem como consequência danos físicos, sociais e, principalmente, psicológicos irreversíveis para as gestantes. Tais consequências associam-se ao fato de que a grande maioria dessas gestações ocorre em regiões de baixa renda que carecem de apoio psíquico, de disponibilidade de serviços de saúde necessários para manter uma gravidez saudável e de recursos financeiros para manter as crianças após o nascimento. Assim, uma vez que a gravidez na adolescência coloca em risco a vida de mães e filhos, medidas devem ser tomadas para impedi-la.    Nesse contexto, é importante salientar que, ainda que os órgãos sexuais estejam aptos para procriar aproximadamente até os 15 anos, muitas meninas não possuem o colo uterino com o tamanho necessário para que um bebê use desse canal para nascer. O agravante desse fato está na carência de serviços de saúde que disponibilizem um pré-natal capaz de evitar partos arriscados e que cuidem da saúde psíquica das mães para que elas não rejeitem seus filhos. A junção desses problemas, somado a outros, reflete os dados da ONG "Save the Children" que diz que a gravidez está se tornando a maior causa de morte de adolescentes no mundo.    Além disso, quando algumas concepções ocorrem bem, as mães poderão enfrentar obstáculos para conseguirem criar seus filhos. Isso porque a sociedade e a família, muitas vezes, discriminam essas jovens, excluindo-as da vida pública. Essa exclusão dificulta a empregabilidade e, destarte, problemas para conseguir recursos básicos aos filhos. Somado a isso, várias adolescentes, devido ao isolamento social, podem entrar em um estado de depressão, reduzindo os níveis de hormônios da felicidade – como a serotonina - que estão diretamente ligados com todas as outras reações metabólicas do corpo, podendo, assim, impedir que essas jovens produzam o alimento primordial para um bebê, o leite.     A fim de atenuar os casos de gravidez na adolescência, é preciso que o Ministério da Saúde, juntamente com as escolas, promovam palestras que possuam testemunhos presenciais ou virtuais, por meio de meninas que tiveram suas vidas afetadas após e durante a gravidez, com o intuito de provocar empatia nas jovens da plateia, conscientizando-as de seus atos. Somado a isso, para evitar o aborto, o abandono de crianças e os óbitos em salas de parto, cabe ao governo aumentar e garantir homogeneidade na distribuição dos recursos destinados a saúde, garantindo um bom pré-natal e auxílio psicológico para as jovens, além de garantir fiscalização na aplicação desses, por meio de fiscais destinados a isso. Com a aplicação de tais atitudes, as taxas de gravidez na adolescência e as consequências negativas por ela causada serão atenuadas.