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Enviada em: 24/04/2018

É fácil notar que no Brasil, em uma sociedade tão contemporânea, muitas pessoas e até canais de comunicação falam sobre a gravidez de adolescentes no país. Porém, pouco se discute suas causas e efeitos sociais. Dentro dessa perspectiva, é interessante ressaltar dois pontos: o cenário de jovens de baixa renda que engravidam prematuramente e a forma como as adolescentes são tratadas nos hospitais e postos de saúde. Em primeiro plano, apesar da pequena diminuição do numero de adolescentes grávidas no Brasil entre 2005 a 2015, a taxa de nascimentos ainda são um dos mais altos na América. Isso porque, a falta de instrução nas escolas e no ambiente familiar resulta em uma maior chance do jovem de engravidar. Isso pode ser visto, mais em populações carentes que utilizam do ensino público, que normalmente não é de qualidade e não dispõe de recursos financeiros necessários, imprescindíveis na instrução dos jovens. Além disso, muitas adolescentes grávidas não recebem o suporte e a compreensão da família, sendo muitas vezes expulsas de casa. Podendo assim, resultar em traumas no bebê e na mãe ou resultar em um aborto não desejado ou na morte de ambos. Outrossim, vale ressaltar que esta situação é corroborada pela má condição de postos de saúde e hospitais da rede publica que não oferecem um aparato psicológico adequado a uma adolescente grávida. Uma vez que, a falta de investimentos na saúde resultam nas péssimas condições hospitalares  e na ausência de capacitação de profissionais preparados para esses casos. De acordo com pesquisas relacionadas a saúde da mulher, a cena mais comum que uma jovem em trabalho de parto vivência no hospital são brincadeiras irônicas, insultos verbais e até físicos. Mostrando que, o desrespeito ao paciente e o abuso da ignorância dos adolescentes estão presentes no cenário da saúde no Brasil. Torna-se evidente a importância do suporte familiar e o apoio das escolas, além da presença de profissionais de saúdes bem qualificados, para que o momento de gestação já confuso que a adolescente esta passando, não se intensifique, causando problemas maiores. Portanto, é necessário que o MEC e o Ministério da Saúde trabalhem em conjunto para proporcionarem recursos necessários para as escolas, hospitais e na capacitação de profissionais que lidem com jovens, a fim de tratar a gravidez na adolescência como um problema sério, mas que pode ser resolvido ou ao menos administrável. Assim, os investimentos deverão ser direcionados para a melhoria estrutural das escolas e hospitais públicos e no treinamento de professores e médicos. Resultando em condições que diminuam o numero de adolescentes grávidas ou que proporcionem um serviço de saúde adequado. nos hospitais.