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Enviada em: 27/04/2018

A adolescência é uma fase de descobertas e desenvolvimento psicossocial, fatores que influenciam os jovens a iniciarem a vida sexual independente do conhecimento prévio acerca do assunto. No Brasil, tal prática está diretamente associada ao exorbitante número de gravidezes na adolescência e consequentes impactos negativos na saúde pública, devido a falta de planejamento e de condições favoráveis para cuidar da criança de forma adequada. Nesse contexto, é necessário reduzir os casos precoces e conscientizar os adolescentes sobre prevenção.     Em princípio, é criterioso ressaltar que um fator preponderante para aumentar os índices de gravidez em meninas jovens é a condição social e financeira, ao passo que as famílias de baixa renda não têm acesso a métodos contraceptivos diversificados ou nunca foram orientadas à prevenção. Por conseguinte, os filhos já nascem sem oportunidades e, por vezes, sem estrutura familiar que garanta um bom desenvolvimento dentro da sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2010 a 2015, a taxa de nascimentos por gestação em adolescentes diminuiu em relação aos anos anteriores, porém, ainda é um número que alerta a saúde pública no que tange a qualidade de vida de mães e filhos.     Por outro lado, a falta de diálogo nas relações familiares também propicia o autoconhecimento nas relações sexuais, haja vista que o assunto ainda é um tabu na sociedade brasileira. Dessa forma, muitas adolescentes optam pelo aborto, na tentativa de não revelar aos pais e não interromper sua juventude. No entanto, podem ser acometidas por problemas físicos e psíquicos, tais como alterações hormonais e a depressão. Assim, é importante o apoio e a orientação dos pais nessa fase de transição.     Evidencia-se, portanto, que a problemática da gravidez na adolescência urge por soluções. Para isso, Universidades devem promover mutirões de informações  nas cidades, levando alunos da área da saúde para as comunidades e locais mais reclusos do acesso aos contraceptivos, com o objetivo de dialogar com adolescentes e distribuir métodos gratuitos, além de orientar o uso e a necessidade da prevenção. Ademais, o Ministério da Saúde deve fornecer um estoque mensal de anticoncepcionais, em hospitais e postos de saúde, de modo que a população tenha acesso irrestrito com consultas periódicas. Só assim a gravidez na adolescência será reduzida drasticamente e a saúde pública terá evolução significativa.