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Enviada em: 23/04/2018

''Sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano''. Essa máxima do filósofo John Stuart Mill revela o valor do ser em possuir o controle do que faz e do que pensa. No entanto, na realidade brasileira,isso ainda não acontece. No que tange ao casamento infantil, um número cada vez maior de indivíduos abaixo da maioridade estão se casando. Seja pela ineficácia da lei ou seja pelo legado histórico cultural.  Primeiramente, convém destacar que, as falhas do sistema legislativo contribuem para esse quadro. A lei brasileira prevê 18 anos como idade mínima para o casamento,porém,há cada vez mais uniões matrimoniais com menores de idade,na maior parte,com o sexo feminino. Com efeito, 36% da porção feminina do Brasil casa antes da maioridade. Por conseguinte, enfrentam-se cada vez mais casos de gestação prematura e abusos.   Em outra instância, o processo histórico de formação da terra tupiniquim também faz-se relevante nessa questão. No período em que a sociedade brasileira era açucareira havia um grande patriarcalismo, no qual as meninas antes da maioridade já tinham seu casamento determinado pelos pais,muitas das vezes, sem o próprio consentimento,pois eram vistas como submissas, não tendo voz ou opinião. Dessa forma, a sociedade atual herdou essa visão machista,resultando nos casamentos juvenis,que por sua vez,são mais comuns no grupo feminino.   Portanto, urge que o Estado, por meio de políticas públicas, promova a plenitude da lei, agindo sobre cada brecha existente, além disso, o governo deve intervir por meio da secretaria de políticas para as mulheres, em vista no número maior de casos de casamentos infantis no sexo feminino e tendo como finalidade diminuir esses resquícios de patriarcalismo.Ademais, a sociedade deve usar das redes sociais como meio de combater esse machismo existente no meio social. Dessa forma, o país diminuirá os índices desse tipo de casamento e mais indivíduos tornar-se-ão soberanos sobre seus próprios corpos e mentes como John Stuart Mill afirmou.