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Enviada em: 24/04/2018

Muito se discute sobre a gravidez na adolescência no Brasil, sobretudo em relação às consequências de uma gestação nesse período da vida. Nesse contexto, a gravidez infantojuvenil tem ajudado a manter as desigualdades sociais no Brasil, pois ao engravidarem muitas adolescentes abandonam os estudos, e por conseguinte, seu objetivos e seus sonhos de uma vida melhor. Faz-se necessário, portanto, a redução nos casos de gravidez na adolescência, que passa diretamente por um maior diálogo no âmbito do lar; e também uma evolução didática e estrutural nas escolas brasileiras.     No que se refere à problemática em questão, pode -se destacar o legado, de um passado recente, da sociedade brasileira quando o assunto se refere a sexualidade dos filhos, em especial das mulheres. Nesse cenário, a população brasileira se desenvolveu baseada num modelo machista, religioso e patriarcal, no qual as mulheres se sentem intimidadas a questionarem sobre assuntos relacionados ao ato sexo. Um dos reflexos desse processo se dá pela falta de orientação que os adolescentes obtém quando iniciam a sua vida sexual. Com isso, as chances de uma gravidez indesejada, e até mesmo uma doença sexualmente transmissível, se elevam consideravelmente.   A escola também possui um papel fundamental na orientação sexual dos infantojuvenis, principalmente quando o assunto é sobre gravidez na adolescência. Porém, muitos professores não possuem o preparo necessário para orientarem os seus alunos sobre os riscos de uma gestação inesperada. Nesse processo, o filósofo Immanuel Kant destacou que a evolução do homem está intimamente ligado a educação, e pontuou que " o ser humano é aquilo que a educação faz dele".    Diante dos fatos expostos, medidas devem ser tomadas a fim de diminuir a gravidez na adolescência. Para isso, é fundamental que o Governo Federal em parceria com as escolas desenvolva um projeto educacional. Nesse projeto, as escolas agendariam os pais e os filhos para se consultarem, na própria escola, com psicólogos  e ginecologistas, visando orientar os pais sobre a importância dos diálogo com seus filhos; e também orientar os alunos sobre os métodos contraceptivos e a importância da relação sexual segura. Com isso, o tabu de discorrer sobre assuntos relacionados ao sexo dentro do âmbito familiar tende a diminuir e, por conseguinte, os casos de gravidez na adolescência também. Além disso, as escolas brasileiras devem investir no aperfeiçoamento dos seus professores para obterem maior dinamismo nas aulas sobre sexualidade. Dessa forma, a sociedade brasileira e o Governo Federal estarão atuando para a diminuição da gravidez na adolescência e, quem sabe, a diminuição das diferenças socioeconômicas.