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Enviada em: 25/04/2018

Em um episódio da série de drama médico norte-americana, "House", uma paciente adolescente dá entrada ao hospital em um grave estado de saúde e, após alguns exames, foi constatado que seus problemas eram gerados por uma gravidez precoce. Fora dos programas televisivos de entretenimento, a gravidez na adolescência é um impasse ainda presente em larga escala na sociedade brasileira. Nesse sentido, devido à influência da mídia, junto à falta de orientação a esse grupo, a gestação nessa idade é possibilitada, de modo a gerar problemas financeiros e sociais.  É necessário destacar, antes de tudo, que a influência midiática, somada à falta de informação, contribui ao surgimento desse problema. De acordo com Adorno e Horkheimer, em sua teoria da Indústria Cultural, hábitos sociais são amplamente usados na produção artística em busca da lucratividade. Dessa forma, a indústria pornográfica utiliza-se da prática sexual para atrair pessoas ao consumo de sua produção, cujo acesso entre adolescentes é facilitado, incitando o começo de suas atividades sexuais. Além disso, a falta de informação adequada, muitas vezes inexistente no próprio núcleo familiar, leva esse grupo à prática sexual sem proteção, aumentando os riscos de gravidez na adolescência.  É inegável, ademais, que problemas socioeconômicos são gerados por essa condição. Segundo o biólogo Charles Darwin, autor da teoria da Seleção Natural, o meio seleciona os seres mais aptos. Desse modo, inúmeras adolescentes ao engravidarem nesse período da sua vida necessitam largar os estudos para cuidar dos seus filhos, prejudicando sua formação profissional, de modo a dificultar sua inserção no mercado de trabalho e colocá-las em condição de vulnerabilidade econômica e social. Por conseguinte, é clara a influência negativa que a gravidez precoce exerce sobre o futuro desse grupo social.  Torna-se evidente, portanto, que a gestação na adolescência é um problema a ser combatido. Sendo assim, cabe ao Ministério da Saúde, em conjunto ao Ministério da Educação, promover a educação sexual dos adolescentes, mediante palestras ministradas por sexólogos, nas escolas, que ensinem sobre práticas de coito seguro, uso correto de preservativos e exposição das consequências negativas da gravidez nessa idade. Espera-se com isso que esse grupo social receba as informações necessárias para iniciar sua vida sexual de forma segura e, automaticamente, seja percebida a diminuição de casos de gravidez nessa fase da vida.