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Enviada em: 28/04/2018

A gestação de uma mulher é uma etapa do processo de geração de vida e requer respeito das limitações biológicas, além de estabilidade financeira e planejamento. No entanto, essas limitações não têm sido atendidas por muitos adolescentes, no atual cenário brasileiro, e acabam por gerar danos à saúde do filho e da mãe, além da saída de muitas destas do ambiente educacional e de trabalho. De tal maneira, prevenir a gravidez indesejada e reinserir a mãe na sociedade, tornou-se uma missão crucial.       Ao longo dos últimos cem anos, inúmeros meios contraceptivos surgiram a fim de evitar gestações indesejadas. Entretanto, ainda no século XXI, é visível o grande número de adolescentes grávidas que, mesmo muito informadas pelas escolas e mídia, optam por não se proteger no ato sexual. Tal atitude põe em risco a saúde do feto e da mãe que não possui estrutura suficiente para gestar, como afirma a Organização Mundial da Saúde. Ademais, o medo de contar o ocorrido aos familiares e assumir tamanha responsabilidade, ainda jovem, leva muitas a tentar métodos de aborto – quinta maior causa de mortalidade materna, segundo o Conselho Federal de Medicina - seja em clínicas clandestinas ou em suas próprias casas.       Se de um lado têm-se a saúde prejudicada, do outro o intelecto e a carreira profissional também são afetados com o nascimento de um filho. Isso acontece porque a maioria das progenitoras adolescentes não consegue pagar uma creche de qualidade e acaba evadindo das escolas, universidades e até do trabalho cuidar desse novo ser, mas dificilmente conseguem retornar a esses ambientes. Reconhecendo tal problema, a Universidade de Brasília (UNB) implantou um programa de auxílio financeiro às mães, para que estas tenham menos dificuldades em manter a criança e, assim, permaneçam indo à instituição de ensino.       Dessa forma, é possível dizer que conscientizar, com conversas francas, os jovens sobre os perigos de uma gravidez precoce, os impactos tanto na vida social como profissional e a necessidade de usar preservativos e contraceptivos é uma função de extrema importância que cabe aos pais e familiares. Ademais, compete ao poder público e ONG’s, utilizarem os veículos midiáticos para capturar a atenção dos adolescentes sobre a problemática em questão, seja por meio de séries, desenhos ou curtas metragens. Com isso, aos poucos o Brasil curaria tamanha pústula.