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Enviada em: 02/05/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Porém, quando se observa o número de adolescentes grávidas no Brasil, hodiernamente, percebe-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste, seja pelo tabu entre pais e filhos acerca do assunto, seja pela influência da sociedade que torna o indivíduo sexualmente ativo mais cedo. Nesse sentido, torna-se importante a discussão sobre as consequências de tal postura negligente.       É indubitável que a falta de conversa no ambiente familiar é uma das causas do problema. Tal tabu tem como consequência a perda de oportunidades de estudo e trabalho para as jovens que engravidam. Um exemplo disso foi exibido numa reportagem do Globo Repórter no final do ano de 2017 onde uma agente de saúde, profissional responsável por informar a população, relatou que suas filhas, adolescentes, já eram mães.       Outro impulsionador do problema é o incentivo que a sociedade dá aos jovens. Além da influência hormonal que aumenta o desejo sexual das pessoas, a comunidade ainda influencia os indivíduos por meio da cultura como mostra um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Esse fato pode ser comprovado ao observar o estilo musical que está em alta no Brasil: o "funk".       É evidente, portanto, que a própria sociedade é um entrave para a resolução da adversidade. Logo, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) institua, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos e médicos com o intuito de incentivar o diálogo em família, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão. Além disso, tais palestras ensinam e, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo.