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Enviada em: 02/05/2018

Segundo Gandhi, o futuro depende do que fazemos no presente. Nesse sentido, promover o planejamento familiar agora é essencial para reduzir os números de gravidez precoce à posteriori. Contudo, no Brasil, a falta de politicas públicas dificulta a solução do problema, e a liquidez das sociedades modernas agravam seus impactos na vida das jovens mães.        É importante pontuar, de início, que na visão do médico e escritor, Dráusio Varella, a maior violência que o Estado brasileiro comete contra as mulheres pobres é negar-lhes o planejamento familiar. A afirmação do escritor fundamenta-se, também, no quadro quase "endêmico" de gravidez precoce, que se estabeleceu no país. A gravidez na adolescência amplia as chances de evasão escolar e dificultando a profissionalização dessas mães e posteriormente prejudica o sustento dessa família. Dessa forma, a falta de planejamento familiar contribui com a proliferação da miséria e com o agravamento da desigualdade social.        É valido salientar, ainda, que segundo o sociólogo polonês, Zigmunt Bauman, vivemos em uma sociedade "liquida" na qual as relações se tornam cada vez mais efêmeras. Essa conjuntura, agrava a situação dessas mães no pós parto. Pois, as relações curtas e numerosas, são marcas da sociedade liquida, que dificultam a identificação dos pais, ou reduz suas responsabilidades com o filho. Além disso, o individualismo e egocentrismo mitigam o número de pessoas dispostas a apoiar essas garotas.        Cabe, portanto, ao governo federal e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve concientisar às jovens menos favorecidas sobre os problemas acarretados pela gravidez precoce, com palestras nas escolas públicas e campanhas nas redes sociais. O Estado, por sua vez, deve fornecer serviço de planejamento familiar gratuito, nos postos de saúde. kjkljkjkljjkj