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Enviada em: 14/05/2018

Hodiernamente, ainda existe grande recorrência de casos de gravidez durante a adolescencia no Brasil. Tal cenário, que era muito comum durante os séculos passados, apesar de ter tornado-se consideravelmente menos trivial na sociedade, ainda é um grande empecilho na vida de muitas jovens. Afastando meninas da educação e podendo trazer problemas de saúde, a maternidade precoce tem suas raízes na falta de informação acerca da saúde sexual feminina entre os jovens. A pílula anticoncepcional, criada na década de 1960, deu início a uma revolução sexual, a qual conferiu certa autonomia à mulheres em relação a seu corpo e sua sexualidade. Todavia, em partes do Brasil, principalmente as mais carentes, não há tal autonomia entre indivíduos do sexo feminino. Uma vez que há baixa conscientização acerca dos métodos contraceptivos existentes e grande parte da população desconhece aspectos fundamentais do sistema reprodutor feminino. Ademais, ainda na camada mais desprovida da sociedade brasileira, existe intensa ignorância a respeito do papel feminino na sociedade. Mesmo nos dias de hoje, ainda há a perpetuação de valores antiquados de gênero. Cabe exemplificar, a crença de que a mulher é destinada a ter filhos e não adentrar no mercado de trabalho, a fim de ficar em casa cuidando da prole. Logo, muitas jovens, já conformadas com a ideia de que precisarão ser mães, não veem sentido na utilização de métodos contraceptivos e engravidam precocemente. Em suma, a fim de diminuir as taxas de gravidez na adolescência, é fundamental a disseminação de informações acerca do sistema reprodutor feminino. A fim de garantir essa difusão de conhecimento, o Ministério da Educação deve instituir aulas obrigatórias de educação sexual para o ensino fundamental e ensino médio nas escolas. Outrossim, o Ministério de Saúde deve abastecer postos de saúde com diversos métodos contraceptivos e profissionais equipados e aptos a recomendá-los à população.