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Enviada em: 10/05/2018

Consoante ao pensamento de Nelson Mandela de que a forma como uma sociedade trata suas crianças revela sua alma está nitidamente associado ao grande número de gravidezes na adolescência no mundo. Nesse parâmetro, a América Latina se destaca, e o Brasil supera alguns desses países. Dessa forma, percebe-se que a carência de saúde pública relacionada às desigualdades sociais corroboram para acentuar o revés.    Convém ressaltar, inicialmente, que segundo a Organização Mundial de Saúde, no Brasil, as taxas de fertilidade entre adolescentes é estimada em 68 nascimentos para cada 1 mil meninas entre 10 a 19 anos, ultrapassando países com Índices de Desenvolvimentos Humanos inferiores, como Paraguai e Colômbia. Nesse ínterim, a gravidez precoce evidencia a ausência de políticas públicas na saúde, uma vez que tais crianças são suscetíveis à aborto, a riscos durante à gestação, incluindo risco de morte.    Outrossim, é importante salientar que a problemática abordada está também diretamente vinculada ao impacto socioeconômico do país. Desse modo, observa-se que a maioria das adolescentes gestantes possui pouca escolaridade, vivem em situações vulneráveis com baixa renda familiar. Nesse contexto, as palavras de Mahatma Gand de que o amanhã dependerá do que se faz hoje são apropriadas, diante do pouco que se faz pelo futuro dessas jovens que seguem sem informação dos riscos, sem prevenção e  sem um acompanhamento profissional adequados.       Diante  dos fatos supracitados, é indiscutível que o Governo Federal Brasileiro reveja a questão da gravidez na adolescência com outros olhos, promovendo programas de prevenção e de cuidados qualificados de pré-natal, de parto e de pós-parto nas redes de saúde, objetivando aprimorar as políticas públicas. Concomitantemente, os Governos Estaduais e Municipais em consonância com as Escolas devem desenvolver projetos educativos de forma individual, familiar e comunitário, a fim de que as jovens ampliem seus direitos sexuais e reprodutivos de forma consciente e responsável, e que a nação possa destapar sua alma imparcial.