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Enviada em: 10/05/2018

A adolescência, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, é o período que se estende de 10 a 19 anos. Entretanto, o Estatuto da Criança e do Adolescente define a adolescência como o tempo compreendido entre os 12 e 18 anos. Todavia, essa etapa, intermediária do desenvolvimento humano, engloba transformações físicas, psicológicas e comportamentais, que implicam no relacionamento familiar e social. Porém, a gravidez nessa fase tem sido comum, sobretudo entre as moças vulneráveis, pois a vida sexual ativa - aliada à poucas informações - está cada vez mais precoce.       Com efeito, no Brasil, a gravidez na adolescência, apesar da redução de 17%, de 2004 para 2015, conforme os dados do Ministério da Saúde, ainda se prolifera entre muitas meninas que vivem dentro desse ciclo. De acordo com o levantamento do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), um a cada cinco bebês nascidos por ano é filho de uma adolescente. Normalmente, as gravidas são moças socieconomicamente vulneráveis, que não possuem recursos para adquirir contraceptivos, como demonstra a pesquisa feita pelo Fundo de População das Nações Unidas.     Ademais, um dos fatores preponderantes para a gestação indesejada na adolescência é a vida sexual precoce. Segundo a pesquisa do IBGE, cerca de 30% dos adolescentes, entre 13 e 15 anos, já realizou sexo. A maioria não tem conhecimento adequado dos métodos anticoncepcionais e, além disso, não convencem ao seu parceiro a usar preservativo. Assim, acabam tendo de suportar as consequências emocionais, sociais e econômicas de uma gravidez prematura, o que compromete os estudos e o progresso.      Diante do exposto, visando reduzir a gestação na adolescência, cabe ao Ministério da Educação orientar os adolescentes acerca da sexualidade, mediante programas educativos, bem como palestras para as famílias, a fim de conscientizar os adolescentes e os pais sobre vida sexual precoce, os riscos e os resultados da gravidez antecipada. Outrossim, o Ministério da Saúde precisa divulgar, nas mídias, e distribuir contraceptivos, além do preservativo, nos postos de saúde, para diminuir a concepção indesejada.