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Enviada em: 12/05/2018

Riscos à saúde, mortalidade materna, obstáculos ao desenvolvimento psicossocial dos jovens. Esses elementos são intensificados pela  gravidez na adolescência, a qual, segundo a ONU, num grupo de mil brasileiras entre 5 e 19 anos, em média 68 engravidam, acima da média sul-americana. Isso ilustra a carência de medidas orientadas a combater a gestação precoce no Brasil devido, sobretudo, à falta de informações voltadas à educação sexual e à banalização do sexo associada com pouca comunicação dentro das famílias sobre tal problemática .      É essencial ressaltar, primeiramente, que quando Ray Bradburry enuncia, através de seu livro Fahrenheit 451, a importância de os indivíduos se manterem informados para o progresso individual e social, evidencia-se a necessidade de instruir os jovens brasileiros quanto a tudo que envolve as relações sexuais, desde como utilizar preservativos e anticoncepcionais a analisar as doenças venéreas, a fim de combater a gravidez precoce. Caso contrário, a tendência é, com a gestação, intensificar a evasão escolar, o que torna tal problema uma questão de saúde pública, pois compromete a situação socioeconômica do país. Dessa maneira, a ineficiência da educação sexual no Brasil representa mal prognóstico de iniciativas que rechaçam a gravidez adolescente.       Além disso, quando Theodor Adorno e Max Horkheimer exprimem  submissão da sociedade por padrões culturais designados pelas empresas que visam somente ao lucro em detrimento de qualquer prática moralizante, demonstra-se o poder das mídias em relação a tornar práticas sexuais algo trivial no meio dos jovens com, por exemplo, músicas que fazem apologia ao sexo. Nesse cenário, junto a famílias que encontram certa dificuldade de conversar com adolescentes a respeito da gravidez precoce e suas consequências, torna-se frequente a falta de senso crítico dos jovens acerca dessa questão, perpetuando tal problema de saúde pública brasileira.      Ficam claras, então, as dificuldades de combater a gravidez na adolescência no Brasil, que é extremamente decorrente. No propósito de  minimizar essa evidência, as Secretarias Municipais de Educação e de Saúde devem promover trabalhos a níveis individual, familiar e comunitário por meio de feiras de saúde periódicas e permanentes, em locais públicos, as quais orientam a população sobre relações sexuais, conscientizando os jovens das implicações negativas que a gravidez precoce pode trazer. Ademais, as escolas podem fomentar palestras que possam debater sobre o empoderamento dos jovens, principalmente das meninas em relação ao exercício da sexualidade e  da vida reprodutiva, porque, assim, a tendência é os adolescentes tomarem decisões voluntárias no ato sexual, sem coerção ou discriminação.